EFEMÉRIDE
– Saul Zaentz, executivo musical e produtor de cinema norte-americano,
nasceu em Passaic, Nova Jersey, em 28 de Fevereiro de 1921. Morreu em São Francisco no dia
3 de Janeiro de 2014. Venceu o Oscar de Melhor Filme por três vezes e
recebeu o Prémio Memorial Irving G. Thalberg em 1997.
Era
descendente de refugiados judeus de países do leste europeu, sobretudo da
Polónia. Deixou o domicílio familiar aos quinze anos e sobreviveu desempenhando
pequenos ofícios.
Quando
da Segunda Guerra Mundial, alistou-se no exército. No final do conflito,
estudou durante um semestre a Criação de Animais na Universidade
Rutgers. Depois de ter trabalhado algumas semanas numa herdade, voltou à Universidade,
passando dois anos a estudar Gestão de Empresas.
Em
1950, estabeleceu-se em
São Francisco e começou a trabalhar para o produtor musical
Norman Granz, organizando concertos e viajando pelo país juntamente com músicos
como Duke Ellington, Dave Brubeck, Gerry Mulligan e Stan Getz.
Em
1955, entrou para a Fantasy Records, onde foi vendedor e gerente durante
mais de dez anos. Em 1967, Zaentz e um grupo de investidores compraram a Fantasy,
transformando-a na maior empresa discográficas de jazz do mundo.
Depois
do desenvolvimento da Fantasy, Zaentz decidiu entrar na indústria do
cinema. Em 1975, produziu – em parceria com Michael Douglas – o filme “One
Flew Over the Cuckoo's Nest”, protagonizado por Jack Nicholson e Louise
Fletcher, e dirigido por Miloš Forman. O filme venceu cinco Oscars,
incluindo o de Melhor Filme.
Dois
anos depois, produziu “Three Warriors”, realizado por Kieth Merrill. No
ano seguinte, foi produtor da animação “The Lord of the Rings”, dirigida
por Ralph Bakshi.
Após
seis anos longe da produção, voltou em 1984 com “Amadeus”, novamente sob
a direcção de Forman. O filme venceu oito Oscars e Zaentz ganhou o seu
segundo prémio de Melhor Filme.
Nos anos seguintes, foi produtor
executivo de “The Mosquito Coast” (1986), de “The Unbearable
Lightness of Being” (1988) e de “At Play in the Fields of the Lord”
(1991).
Em 1995, o jornal “The New York Times” viu nele «o
último dos grandes produtores do cinema independente». Nos anos 1990, recebeu
vários prémios.
Em 1996, produziu “The English
Patient”. O filme foi um enorme sucesso e venceu nove Oscars,
com Zaentz a conquistar o seu terceiro Oscar de Melhor Filme. Recebeu,
na mesma cerimónia, o Prémio Memorial Irving G. Thalberg. Quase dez anos
depois, produziu a sua última película, “Goya's Ghosts” (2005), na sua
terceira colaboração com Forman.
Saul
Zaentz morreu aos 92 anos de idade, após uma longa batalha contra o mal de
Alzheimer.
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