EFEMÉRIDE
– Alberto de Almeida Cavalcanti, guionista, cenarista, produtor e
realizador de cinema de origem brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 6 de
Fevereiro de 1897. Morreu em Paris no dia 23 de Agosto de 1982.
Instalou-se
em França no início de 1920, frequentando meios vanguardistas parisienses.
Durante esta década, projectou cenários para cineastas experimentais franceses
e realizou o seu primeiro filme – “Rien que les heures”. Adquiriu então
a nacionalidade francesa.
Cavalcanti
enraizou depois a sua reputação como documentarista na Grã-Bretanha, durante os
anos 1930, reforçando seguidamente o seu renome, ao produzir alguns
grandes filmes para os estúdios Ealing.
Em
1949, voltou ao Brasil e ajudou a organizar a Companhia Cinematográfica Vera
Cruz (São Bernardo do Campo), sendo convidado a tornar-se o produtor geral
da empresa. Em Novembro do mesmo ano, veio à Europa e contratou vários técnicos
para irem trabalhar naquela companhia. Fez os guiões e produziu os dois
primeiros filmes da empresa, “Caiçara” (1950) e “Terra É Sempre Terra”
(1951). Em virtude de desentendimentos com Franco Zampari, abandonou a Vera
Cruz em 1951.
Dedicou-se
então à elaboração de um anteprojecto para o Instituto Nacional de Cinema,
a pedido do então presidente brasileiro Getúlio Vargas.
Na Cinematográfica
Maristela (São Paulo), dirigiu “Simão, o Caolho” (1952). No final
desse ano, com um grupo de capitalistas, comprou a Maristela,
mudando-lhe o nome para Kino Filmes e passou a ser o seu director-geral.
Nesta nova empresa, realizou as obras “O Canto do Mar” (1953) e “Mulher
de Verdade” (1954), que não tiveram grande sucesso. Por não ter podido
continuar a arcar com as despesas, a Kino foi devolvida aos antigos
proprietários.
Trabalhou
na TV Record e foi depois director de teatro. Em Dezembro de 1954,
partiu de novo para a Europa, onde realizou mais alguns filmes. Ao longo da sua
carreira (1925/1971), dirigiu cerca de 60 películas. Faleceu na capital
parisiense aos 85 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário