EFEMÉRIDE - João Henrique
Pereira Villaret, actor, encenador e
declamador português, nasceu em Lisboa no dia 10 de Maio de 1913. Morreu na
mesma cidade em 21 de Janeiro de 1961.
Frequentou o Colégio inglês e depois o Liceu de Passos Manuel, onde foi bom aluno. Desde cedo, revelou interesse pelas artes. Aos 15 anos, ingressou no Conservatório Nacional de Lisboa. Amélia Rey Colaço & Robles Monteiro tiveram um papel preponderante na sua iniciação teatral. Em 1930, concluiu o curso e, em Outubro de 1931, estreava-se na peça “Leonor Teles”.
Trabalhou no teatro, cinema e foi um grande declamador de poesia, a sua maior paixão. Era um actor ecléctico, pois além do teatro clássico também se dedicou ao teatro de revista. Fez várias digressões a África e ao Brasil, onde esteve sete vezes. Nos últimos anos, aos domingos, tinha um programa na RTP, onde declamava poesia e contava histórias curiosas do mundo cultural. Num desses episódios, referiu que o seu amigo António Botto o apresentou a Fernando Pessoa, encontro que muito o tinha impressionado.
Depois de frequentar o Conservatório, começou por integrar o elenco da companhia de teatro lisboeta Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro. Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco Ribeiro, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça “Esta Noite Choveu Prata”, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.
No cinema, Villaret surgiu em: “O Pai Tirano” (1941), “Inês de Castro” (1945), “Camões” (1946), “Três Espelhos” (1947), “Frei Luís de Sousa” (1950) e “O Primo Basílio” (1959).
Nos anos 1950, com o aparecimento da televisão, transpôs para este meio de comunicação a experiência que adquirira no palco e no cinema, assim como em programas radiofónicos. Aos domingos, pelas 20 horas, declamava na RTP, com muita graça e paixão, poemas dos maiores e mais diversificados autores. Algumas interpretações notáveis de Villaret, extraídas dos programas de rádio e TV onde colaborava regularmente, ou gravadas em estúdio e ao vivo, foram registadas em vinil, numa vasta discografia, encontrando-se, ainda hoje, algumas edições em CD disponíveis no mercado.
Na música, Villaret também deu cartas, sendo criador de grandes sucessos, como “Rosa Araújo”, “Santo António” (proibidos pela Censura do Estado Novo) e “Sinfonia do Ribatejo”, na revista “Não Faças Ondas”, em 1956, e do poema-canção “Recado a Lisboa”, que até hoje predomina como um verdadeiro clássico da história da música portuguesa.
A sua mais conhecida obra, devido à sua originalidade, é o “Fado falado”, de Nelson de Barros, com versos de Aníbal de Nazaré, criado pelo próprio na revista “Tá Bem ou Não 'Tá?” (1947) e satirizada com mestria nos anos 1950, onde se podia ouvir esta frase emblemática: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».
Em Abril de 1960, João Villaret foi feito oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. O Teatro Villaret, em Lisboa, recebeu o seu nome como homenagem à sua carreira. Em Loures, há também uma escola com o seu nome.
Villaret tinha diabetes, mas era avesso a medicamentos e dietas. Em 1958, quando esteve em Nova Lisboa, consultou um calista que, ao extrair-lhe uma calosidade, lhe provocou uma ferida num pé, com consequências funestas. Faleceu, vítima de insuficiência renal, aos 47 anos de idade.
Frequentou o Colégio inglês e depois o Liceu de Passos Manuel, onde foi bom aluno. Desde cedo, revelou interesse pelas artes. Aos 15 anos, ingressou no Conservatório Nacional de Lisboa. Amélia Rey Colaço & Robles Monteiro tiveram um papel preponderante na sua iniciação teatral. Em 1930, concluiu o curso e, em Outubro de 1931, estreava-se na peça “Leonor Teles”.
Trabalhou no teatro, cinema e foi um grande declamador de poesia, a sua maior paixão. Era um actor ecléctico, pois além do teatro clássico também se dedicou ao teatro de revista. Fez várias digressões a África e ao Brasil, onde esteve sete vezes. Nos últimos anos, aos domingos, tinha um programa na RTP, onde declamava poesia e contava histórias curiosas do mundo cultural. Num desses episódios, referiu que o seu amigo António Botto o apresentou a Fernando Pessoa, encontro que muito o tinha impressionado.
Depois de frequentar o Conservatório, começou por integrar o elenco da companhia de teatro lisboeta Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro. Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco Ribeiro, mais conhecido por Ribeirinho.
Teve uma interpretação considerada antológica na peça “Esta Noite Choveu Prata”, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.
No cinema, Villaret surgiu em: “O Pai Tirano” (1941), “Inês de Castro” (1945), “Camões” (1946), “Três Espelhos” (1947), “Frei Luís de Sousa” (1950) e “O Primo Basílio” (1959).
Nos anos 1950, com o aparecimento da televisão, transpôs para este meio de comunicação a experiência que adquirira no palco e no cinema, assim como em programas radiofónicos. Aos domingos, pelas 20 horas, declamava na RTP, com muita graça e paixão, poemas dos maiores e mais diversificados autores. Algumas interpretações notáveis de Villaret, extraídas dos programas de rádio e TV onde colaborava regularmente, ou gravadas em estúdio e ao vivo, foram registadas em vinil, numa vasta discografia, encontrando-se, ainda hoje, algumas edições em CD disponíveis no mercado.
Na música, Villaret também deu cartas, sendo criador de grandes sucessos, como “Rosa Araújo”, “Santo António” (proibidos pela Censura do Estado Novo) e “Sinfonia do Ribatejo”, na revista “Não Faças Ondas”, em 1956, e do poema-canção “Recado a Lisboa”, que até hoje predomina como um verdadeiro clássico da história da música portuguesa.
A sua mais conhecida obra, devido à sua originalidade, é o “Fado falado”, de Nelson de Barros, com versos de Aníbal de Nazaré, criado pelo próprio na revista “Tá Bem ou Não 'Tá?” (1947) e satirizada com mestria nos anos 1950, onde se podia ouvir esta frase emblemática: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».
Em Abril de 1960, João Villaret foi feito oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. O Teatro Villaret, em Lisboa, recebeu o seu nome como homenagem à sua carreira. Em Loures, há também uma escola com o seu nome.
Villaret tinha diabetes, mas era avesso a medicamentos e dietas. Em 1958, quando esteve em Nova Lisboa, consultou um calista que, ao extrair-lhe uma calosidade, lhe provocou uma ferida num pé, com consequências funestas. Faleceu, vítima de insuficiência renal, aos 47 anos de idade.
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