EFEMÉRIDE - Anatole Litvak,
realizador, produtor e cenarista norte-americano de origem ucraniana, nasceu em
Kiev no dia 21 de Maio de 1902. Morreu em Neuilly-sur-Seine, França, em 15
de Dezembro de 1974.
Foi na URSS que, ainda muito jovem, se iniciou no cinema como actor, antes de se tornar assistente de realização em 1923. Em 1925, realizou o seu primeiro filme, “Tatiana”, antes de ir trabalhar na Alemanha, onde efectuou a montagem de “A Rua sem Alegria” de Georg Wilhelm Pabst (1925) e foi de novo assistente de realização e realizador de vários produtores alemães.
De origem judaica e face à subida do nazismo, deixou a Alemanha no meio dos anos 1930, indo para Inglaterra e França, onde se tornou amigo de Joseph Kessel. Adaptou um romance deste escritor, realizando “L'Équipage” (1935). Colaborou igualmente com ele, em “Mayerling”, filme protagonizado por Danielle Darrieux e Charles Boyer (1936). Este último filme, um drama sentimental, teve grande sucesso internacional e lançou a carreira de Danielle Darrieux.
Em 1936, Lityak instalou-se em Hollywood e naturalizou-se norte-americano. Começou a carreira nos Estados-Undos no seio da Warner Brothers, onde realizou nomeadamente a comédia “Esta noite é a nossa noite”, filme adaptado de uma peça do dramaturgo francês Jacques Deval e cujo actor principal foi novamente Charles Boyer.
Em 1939, realizou um dos primeiros filmes abertamente anti/Hitler produzido nos Estados-Unidos: “As confissões de um espião nazi”. O filme é baseado na história real de um agente do FBI que tinha conseguido desmantelar uma rede de espiões alemães. O lançamento desta longa-metragem suscitou uma certa hostilidade e uma sala de cinema que projectava o filme foi mesmo incendiada por simpatizantes nazis.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Anatole Litvak realizou com Frank Capra, entre 1942 e 1945, três dos sete filmes da série “Why We Fight”, encomendados pelo governo dos Estados-Unidos, à intenção dos soldados americanos, antes dos seus combates em França. Em 1942, o primeiro episódio, “Prelude to War” obteve o Oscar na categoria de Documentário.
Depois da guerra, realizou “The Long Night” e, seguidamente, dois dos seus filmes mais célebres: “Desligue, é engano” e “A Fossa das seroentes”. O primeiro é um filme de angústia; o segundo é a adaptação da autobiografia da escritora Mary Jane Ward e foi nomeado para os Oscars.
Nas décadas seguintes, na maioria dos seus filmes encontram-se reminiscências do seu passado. Dirigiu, neste longo período, entre outros, os actores Kirk Douglas, Yul Brynner, Ingrid Bergman, Deborah Kerr, Omar Sharif, Yves Montand, Anthony Perkins, Peter O'Toole e Sophia Loren.
Foi casado com Miriam Hopkins (1937/1939), tendo-se casado em segundas núpcias com a modelo Sophie Steur, que foi sua companheira até ao fim.
Tem duas estrelas no Passeio da Fama, no Hollywood Boulevard.
Foi na URSS que, ainda muito jovem, se iniciou no cinema como actor, antes de se tornar assistente de realização em 1923. Em 1925, realizou o seu primeiro filme, “Tatiana”, antes de ir trabalhar na Alemanha, onde efectuou a montagem de “A Rua sem Alegria” de Georg Wilhelm Pabst (1925) e foi de novo assistente de realização e realizador de vários produtores alemães.
De origem judaica e face à subida do nazismo, deixou a Alemanha no meio dos anos 1930, indo para Inglaterra e França, onde se tornou amigo de Joseph Kessel. Adaptou um romance deste escritor, realizando “L'Équipage” (1935). Colaborou igualmente com ele, em “Mayerling”, filme protagonizado por Danielle Darrieux e Charles Boyer (1936). Este último filme, um drama sentimental, teve grande sucesso internacional e lançou a carreira de Danielle Darrieux.
Em 1936, Lityak instalou-se em Hollywood e naturalizou-se norte-americano. Começou a carreira nos Estados-Undos no seio da Warner Brothers, onde realizou nomeadamente a comédia “Esta noite é a nossa noite”, filme adaptado de uma peça do dramaturgo francês Jacques Deval e cujo actor principal foi novamente Charles Boyer.
Em 1939, realizou um dos primeiros filmes abertamente anti/Hitler produzido nos Estados-Unidos: “As confissões de um espião nazi”. O filme é baseado na história real de um agente do FBI que tinha conseguido desmantelar uma rede de espiões alemães. O lançamento desta longa-metragem suscitou uma certa hostilidade e uma sala de cinema que projectava o filme foi mesmo incendiada por simpatizantes nazis.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Anatole Litvak realizou com Frank Capra, entre 1942 e 1945, três dos sete filmes da série “Why We Fight”, encomendados pelo governo dos Estados-Unidos, à intenção dos soldados americanos, antes dos seus combates em França. Em 1942, o primeiro episódio, “Prelude to War” obteve o Oscar na categoria de Documentário.
Depois da guerra, realizou “The Long Night” e, seguidamente, dois dos seus filmes mais célebres: “Desligue, é engano” e “A Fossa das seroentes”. O primeiro é um filme de angústia; o segundo é a adaptação da autobiografia da escritora Mary Jane Ward e foi nomeado para os Oscars.
Nas décadas seguintes, na maioria dos seus filmes encontram-se reminiscências do seu passado. Dirigiu, neste longo período, entre outros, os actores Kirk Douglas, Yul Brynner, Ingrid Bergman, Deborah Kerr, Omar Sharif, Yves Montand, Anthony Perkins, Peter O'Toole e Sophia Loren.
Foi casado com Miriam Hopkins (1937/1939), tendo-se casado em segundas núpcias com a modelo Sophie Steur, que foi sua companheira até ao fim.
Tem duas estrelas no Passeio da Fama, no Hollywood Boulevard.
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