quarta-feira, 24 de julho de 2019

24 DE JULHO - ELISA LISPECTOR


EFEMÉRIDE - Elisa Lispector, de seu verdadeiro nome Leah Pinkhasovna Lispector, escritora brasileira, nasceu em Savran, na Ucrânia, em 24 de Julho de 1911. Morreu no Rio de Janeiro em 6 de Janeiro de 1989. Autora introspectiva, buscava exprimir, através dos seus textos, as agruras e antinomias do ser. A exemplo da sua irmã Clarice, também escritora, algumas das suas obras caracterizam-se pela exacerbação do momento interior e pela ruptura com o enredo factual, embora de forma menos acentuada.
Iniciada a Revolução Russa de 1917, a família Lispector passou a sofrer a perseguição aos judeus, refugiando-se, por diversas vezes, em aldeias do interior da Ucrânia. Em 1920, embarcaram num navio com destino ao Brasil. Chegaram a Maceió em Março de 1922, sendo recebidos por familiares. Por iniciativa do seu pai, mudaram de nome. Ela passou a chamar-se Elisa. Desde pequena, Elisa dedicou-se à leitura de obras de ficção e de clássicos da literatura universal.
Em 1925, mudaram-se para o Recife. Formada na Escola Normal, Elisa chegou a ser professora de crianças durante alguns anos. Mais tarde, no Rio de Janeiro, ingressou no funcionalismo público federal, ocupando cargos elevados e funções no estrangeiro, ao secretariar delegações do governo em viagem. Mesmo nessa época, dedicava-se a colaborações em periódicos literários.
Durante algum tempo, manteve uma relação com o escritor Orígenes Lessa, mas o relacionamento não se desenvolveu e o noivado ficou sem efeito. 
Estreou-se na literatura em 1945, com a publicação do romance “Além da Fronteira”, marco inicial de uma extensa obra pontuada por reminiscências de fugas e perseguições enfrentadas no passado e um sentimento permanente de exílio. Com o livro “O Muro de Pedras”, um dos seus trabalhos mais reconhecidos e apreciados pela crítica, no qual disserta em profusão sobre temas recorrentes do Existencialismo, conquistou os prémios José Lins do Rego (1963) e Coelho Neto - Academia Brasileira de Letras (1964).
A sua estreia como contista, deu-se, entretanto, apenas em 1970, com a publicação de “Sangue no Sol”, ao qual se seguiram “Inventário” (1977) e “O Tigre de Bengala” (1985). Esta última colectânea de contos foi agraciada com o prémio Pen Clube, em 1986.
Faleceu aos 87 anos, no Rio de Janeiro, onde fixara residência.

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