sábado, 6 de julho de 2019

6 DE JULHO - LAURO CORONA


EFEMÉRIDE - Lauro Del Corona, actor brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 6 de Julho de 1957. Morreu na mesma cidade no dia 20 de Julho de 1989.
Começou a trabalhar aos 16 anos, como vendedor, na boutique de sua mãe. Um ano depois, partiu para a carreira de modelo e fez os primeiros filmes publicitários: propaganda para a Coca-Cola e o Bob’s.
Em 1977, ao actuar na peça infantil “Simbad, o Marujo”, no Rio de Janeiro, foi descoberto por Ziembinski e Paulo José, que o convidaram para participar no especial de televisão “Ciranda, Cirandinha”.
A partir daí, participou em diversas telenovelas e filmes, tendo-se destacado, inicialmente, em “Dancin’Days” (1978), de Gilberto Braga, em que era par da personagem de Glória Pires. Esta novela bateu recordes de audiência e tornou-se febre nacional. Com ela, venceu o cobiçado prémio APCA de Melhor Actor, logo na sua estreia na TV. O actor também se destacou noutros grandes sucessos como “Marina, Baila Comigo”, grande êxito de audiência. O actor ainda estrelou a popular “Elas por Elas” e outras duas novelas de imenso sucesso, “Louco Amor” e “Corpo a Corpo”, ambas de Gilberto Braga, e um clássico das novelas das seis horas, “Direito de Amar”, última e marcante parceria com Glória Pires.
O sucesso de Lauro Corona na televisão abriu-lhe as portas do cinema. Protagonizou “O Sonho não Acabou”, em 1982, e dois anos depois fez “Bete Balanço”, como par romântico da personagem de Débora Bloch, filme com música-tema da banda Barão Vermelho cantada por Cazuza.
Laurinho, como era chamado pelos colegas, era grande amigo da também actriz Glória Pires. Querido por todos no meio artístico, ele fazia a unanimidade entre os colegas de trabalho e o público em geral, que acabou coroando-o como o galã das seis, horário este reservado para histórias de amor e de conteúdo leve.
A sua popularidade era tanta que mereceu até um episódio no programa “Caso Especial”, com o título “O Sequestro de Lauro Corona”. Também alcançou algum sucesso como cantor e como apresentador do programa “Globo de Ouro”, nos anos 1980.
Lauro fez igualmente uma mini-série, “Memórias de um gigolô” em 1986, que foi considerada pela crítica especializada como um dos seus melhores desempenhos em frente das câmaras.
A sua última telenovela foi “Vida Nova”, de 1988, no papel de um imigrante português que namorava uma judia brasileira, interpretada por Deborah Evelyn.
Lauro foi um dos galãs mais queridos da história da TV brasileira e um dos melhores actores de toda uma geração.
Foi uma das primeiras personalidades brasileiras a morrer de complicações decorrentes do vírus da SIDA. O personagem na telenovela “Vida Nova” teve um final abreviado com uma viagem para Israel, por causa da doença do actor. A última cena mostrava um carro preto partindo numa noite chuvosa, ao som do poema “Viajar! Perder países!” de Fernando Pessoa, declamado em off pelo próprio actor.
A certidão de óbito do actor apontou como causas da morte diversas complicações: infecção respiratória, septicemia, infecção oportunista, miocardite, insuficiência renal aguda e hemorragia digestiva alta. Em nenhum momento foi citada a palavra AIDS, o que reforçou o comportamento adoptado pelo jovem galã e pelos familiares, nos últimos meses de vida - o de negar veementemente a doença. Lauro Corona não comentava com os amigos que era portador do vírus nem aceitava a condição. Tratava os sintomas das doenças oportunistas com homeopatia.
Os boatos de que estaria com SIDA surgiram em Janeiro de 1989, quando o actor pediu afastamento da telenovela “Vida Nova”, na qual era protagonista, alegando cansaço. Lauro instalou-se em Campos do Jordão para poder descansar e repor as energias. Voltou dois meses depois, muitos quilos mais magro e com uma visível queda de cabelo. Logo em seguida, mudou-se para a casa dos pais, isolando-se até mesmo dos amigos. Quando o estado de saúde piorou, foi internado, mas os pais proibiram a Clínica São Vicente, na Gávea, de dar qualquer informação à imprensa sobre o estado de saúde do filho.
Lauro Corona morreu nove dias depois de internado na Clínica São Vicente e foi sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
A sua morte causou grande comoção nacional. O rosto dele estava estampado nas capas de diversas revistas. Os fãs, mulheres e homens, choraram a sua morte.
O Canal Viva elegeu Lauro como o maior galã dos anos 1080 e isso garantiu ao actor um lugar entre o restrito grupo dos cinco maiores galãs da história da TV Globo. Lauro Corona ficou para sempre com «aquele rapaz bonito, frágil, amável, de belos olhos azuis e sorriso cativante».

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