quarta-feira, 3 de julho de 2019

3 DE JULHO - ALESSANDRO BLASETTI


EFEMÉRIDE - Alessandro Blasetti, cineasta italiano, nasceu em Roma no dia 3 de Julho de 1900. Morreu na mesma cidade em 1 de Fevereiro de 1987.
Nascido numa família com vocação artística - o pai era músico e o avô escultor - Alessandro fez a escolaridade numa instituição religiosa. Depois de uma passagem pela Escola Militar de Roma, seguindo os desejos de sua mãe, herdeira de uma antiga família de advogados da Curia, graduou-se em Direito na Universidade de Roma. Começou por trabalhar num banco, antes de se dedicar ao jornalismo. Colaborou diariamente no quotidiano “L'Impero”, para o qual criou, em 1925, a primeira rubrica de crítica cinematográfica, na imprensa italiana. Em 1926, fundou “Lo Schermo”, uma revista de cinema, que se tornará - dois anos mais tarde - na “Cinematografo”. 
Criou igualmente “Lo Spettacolo d’Italia”, um semanário com larga difusão. Apoiado financeiramente pelos leitores da “Cinematografo”, fundou uma cooperativa de produção, a Augustus, graças à qual ia poder realizar os seus filmes.
Blasetti é considerado um dos autores mais interessantes do cinema, durante o regime fascista. O seu filme de estreia - “Sole” (1929) - é uma exaltação épica dos do regime de Benito Mussolini; e “Vecchia guardiã”, de 1934, é uma apologia da Marcha sobre Roma.
Nos seus primeiros anos, dirigiu, também, “Ettore Fieramosca” (1938). A sua melhor obra é desse mesmo período: “1860”, de 1934, que retrata a Expedição dos Mil, episódio da História da Itália vivido por Giuseppe Garibaldi.
De 1949, a película “Fabiola” é a transposição cinematográfica do livro “Fabiola ou A Igreja das Catacumbas”, de Nicholas Wiseman.
Depois de algum tempo afastado dos estúdios cinematográficos, Blasetti rodou, em 1952, “Altri tempi” e “Tempi nostri”. Dois anos mais tarde, descobriu Sofia Loren, lançando-a como estrela dos filmes “Peccato che sia una canaglia” e “La fortuna di essere donna”.
Com “Europa di notte” (1959), Blasetti deu vida a um filão de reportagens sexy, que se tornaram muito populares.
Interpretou-se a si mesmo em “Bellissima” de Luchino Visconti (1951) e em “Una vita difficile” de Dino Risi (1961).
Nos seus últimos anos de vida, dedicou-se mais à televisão, sobretudo com a realização de documentários.  Faleceu aos 86 anos de idade, vítima de ataque cardíaco. Realizou, durante a sua carreira, mais de 40 filmes.

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