quarta-feira, 2 de outubro de 2019

2 DE OUTUBRO - ALCIDES MAIA


EFEMÉRIDE - Alcides Castilho Maia, jornalista, político, contista, romancista e ensaísta brasileiro, morreu no Rio de Janeiro em 2 de Outubro de 1944. Nascera em São Gabriel no dia 15 de Setembro de 1878.
O pai era funcionário público federal e tinha origem citadina. O vínculo com o sentimento gaúcho, que marcariam a sua literatura de ficção, veio através da linha materna, pois a mãe era filha do dono de uma estância em Jaguari, no município de Lavras do Sul, e de fracções de campo em São Gabriel. 
Aos 18 anos, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Porém, as letras e o jornalismo eram a sua verdadeira vocação e, por isso, abandonou o curso de Direito e voltou a Porto Alegre em 1896, entregando-se à prática do jornalismo militante, actividade que exerceria ao longo de toda a vida.
Em 1903, Alcides Maia fez a sua primeira viagem ao Rio de Janeiro, onde o seu nome já era bem conhecido. A partir de então, passou a viver e a desenvolver actividades, alternadamente, ora no Rio de Janeiro, ora em Porto Alegre. No Rio de Janeiro, residia numa “república”, situada na Rua das Laranjeiras, onde recebeu um dia a visita de Machado de Assis e, desde então, foi levado a entrar na intimidade do mundo machadiano
Em “Ruínas vivas”, “Tapera” e “Alma bárbara”, Alcides Maia descreve a região da campanha, com os seus usos e costumes, registando a violência no campo, o êxodo rural e a formação dos bolsões de miséria decorrentes de modificações nos modos de produção das estâncias gaúchas. 
Representou o Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados, no período legislativo de 1918 a 1921. Integrante do Partido Republicano, a sua actividade parlamentar era dedicada à preocupação com os problemas da educação e da cultura. 
De 1925 a 1938, residiu em Porto Alegre, com uma breve incursão no Rio de Janeiro, decorrente da sua participação na Revolução de 1930. Em Porto Alegre, dirigiu o Museu Júlio de Castilhos, até se aposentar, e colaborou no “Correio do Povo”. Voltou ao Rio de Janeiro em 1938, onde viveu os últimos anos da sua vida, escrevendo para o “Correio do Povo” e frequentando a Academia Brasileira de Letras quando podia. 
Foi o primeiro gaúcho a ingressar na Academia Brasileira de Letras, sendo eleito em Setembro de 1913. Cinco anos após o seu falecimento, os restos mortais de Alcides Maia foram trasladados para o Panteão Rio Grandense, em Porto Alegre.

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