terça-feira, 29 de outubro de 2019

29 DE OUTUBRO - CHRISTIAN D'ORIOLA


EFEMÉRIDE - Christian d'Oriola, esgrimista francês, tetracampeão olímpico, morreu em Nîmes no dia 29 de Outubro de 2007. Nascera em Perpignan, em 3 de Outubro de 1928. Representou o seu país nos Jogos Olímpicos de 1948 a 1960, conseguindo seis medalhas no florete, sendo quatro de ouro.
Apelidado de d’Artagnan pelos ingleses desde 1948, nasceu numa família nobre provençal, com tradição vinhateira. Desde os nove anos, o pai treinou-o na sala de esgrima situada na cave da residência familiar, o que lhe permitiu disputar os seus primeiros campeonatos oficiais aos 13 anos e desafiar os melhores seniores regionais aos 15 anos. Aos 18 anos, foi vice-campeão de França, batido na final por Jehan Buhan. 
Escolhido parta a equipa de França aos 18 anos (1946), participou no seu primeiro Campeonato do Mundo no ano seguinte, em Portugal, conquistando o seu primeiro título mundial de florete. Foi então designado como Campeão dos Campeões Franceses pelo conceituado jornal desportivo “L’Équipe”. Um ano mais tarde, disputou - aos 20 anos - a final olímpica do florete por equipas, em Londres, frente à Itália. Foi a sua primeira consagração olímpica. Individualmente, só perdeu na final, contra Jehan Buhan. Preparou a sua desforra e tornou-se Campeão do Mundo em 1949, apesar de sofrer de uremia. A doença afastou-o dos pódios nos dois anos seguintes, mas regressou em forma nos Mundiais de 1951, em que conquistou dois novos títulos mundiais, individual e por equipas.   
Foi claramente superior aos seus adversários nas Olimpíadas em Helsínquia (1952). A equipa de França confirmou o seu título olímpico, depois de uma final que durou perto de cinco horas. D’Oriola sagrou-se campeão individual. Ganhou o Grande Prémio da Imprensa Desportiva desse ano.
Ele e a equipa de França prosseguiram as suas ‘colheitas’ nos Mundiais de 1953. 
Christian foi um forte opositor da introdução do florete eléctrico na esgrima, a partir de 1954, e perdeu a final dos Mundiais de 1955, frente a um jovem húngaro de 20 anos. 
Modificou então a sua técnica, para se adaptar à nova conjuntura. Nos Jogos Olímpicos de 1956, em Melbourne, a equipa de França inclinou-se frente à Itália, mas Christian d’Oriola venceu individualmente. Foi laureado com o Prémio Guy Wildenstein da Academia dos Desportos Francesa.
Em 1960, foi o porta-estandarte da delegação francesa nas Olimpíadas e classificou-se em 7º lugar, aos 32 anos. 
Ganha ainda o título de Campeão de França de espada por equipas em 1970. Tornou-se depois árbitro, de 1970 a 1980, sendo nomeado vice-presidente da federação francesa até 1984.
Depois da sua imensa carreira desportiva, estabeleceu-se em Nîmes, como inspector de seguros para os departamentos limítrofes. 
Recebera a Legião de Honra em 1971 e, em 2001, recebeu o título de Esgrimista do Século XX
Era casado, desde 1971, com a também esgrimista Catherine Delbarre.

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