EFEMÉRIDE - Christian
d'Oriola, esgrimista francês, tetracampeão olímpico, morreu em Nîmes no dia 29
de Outubro de 2007. Nascera em Perpignan, em 3 de Outubro de 1928. Representou
o seu país nos Jogos Olímpicos de 1948 a 1960, conseguindo seis medalhas
no florete, sendo quatro de ouro.
Apelidado de d’Artagnan
pelos ingleses desde 1948, nasceu numa família nobre provençal, com tradição
vinhateira. Desde os nove anos, o pai treinou-o na sala de esgrima situada na
cave da residência familiar, o que lhe permitiu disputar os seus primeiros
campeonatos oficiais aos 13 anos e desafiar os melhores seniores regionais aos
15 anos. Aos 18 anos, foi vice-campeão de França, batido na final por Jehan
Buhan.
Escolhido parta a equipa de
França aos 18 anos (1946), participou no seu primeiro Campeonato do Mundo
no ano seguinte, em Portugal, conquistando o seu primeiro título mundial de
florete. Foi então designado como Campeão dos Campeões Franceses pelo
conceituado jornal desportivo “L’Équipe”. Um ano mais tarde, disputou - aos
20 anos - a final olímpica do florete por equipas, em Londres, frente à Itália.
Foi a sua primeira consagração olímpica. Individualmente, só perdeu na final, contra Jehan Buhan. Preparou a
sua desforra e tornou-se Campeão do Mundo em 1949, apesar de sofrer de
uremia. A doença afastou-o dos pódios nos dois anos seguintes, mas regressou em
forma nos Mundiais de 1951, em que conquistou dois novos títulos
mundiais, individual e por equipas.
Foi claramente superior aos seus
adversários nas Olimpíadas em Helsínquia (1952). A equipa de França
confirmou o seu título olímpico, depois de uma final que durou perto de cinco
horas. D’Oriola sagrou-se campeão individual. Ganhou o Grande Prémio da
Imprensa Desportiva desse ano.
Ele e a equipa de França
prosseguiram as suas ‘colheitas’ nos Mundiais de 1953.
Christian foi um forte opositor
da introdução do florete eléctrico na esgrima, a partir de 1954, e perdeu
a final dos Mundiais de 1955, frente a um jovem húngaro de 20 anos.
Modificou então a sua técnica,
para se adaptar à nova conjuntura. Nos Jogos Olímpicos de 1956, em
Melbourne, a equipa de França inclinou-se frente à Itália, mas Christian
d’Oriola venceu individualmente. Foi laureado com o Prémio Guy Wildenstein
da Academia dos Desportos Francesa.
Em 1960, foi o porta-estandarte
da delegação francesa nas Olimpíadas e classificou-se em 7º lugar, aos
32 anos.
Ganha ainda o título de Campeão
de França de espada por equipas em 1970. Tornou-se depois árbitro, de 1970
a 1980, sendo nomeado vice-presidente da federação francesa até 1984.
Depois da sua imensa carreira
desportiva, estabeleceu-se em Nîmes, como inspector de seguros para os
departamentos limítrofes.
Recebera a Legião de Honra
em 1971 e, em 2001, recebeu o título de Esgrimista do Século XX.
Era casado, desde 1971, com a
também esgrimista Catherine Delbarre.
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