EFEMÉRIDE - André Salmon,
crítico de arte, jornalista e escritor francês, nasceu em Paris no dia 4 de Outubro
de 1881. Morreu em Sanary-sur-Mer, em 12 de Março de 1969.
Passou o fim da sua adolescência
em São Petersburgo, onde o avô e o pai, pintores, gravadores e escultores,
tinham sido convidados de 1896 a 1901. Ali aprendeu, com fluência, a língua
russa.
De volta a Paris, torna-se amigo
íntimo de Guillaume Apollinaire e defensor do cubismo. Foi integrante do
grupo formado desde 1905, quando Pablo Picasso reuniu poetas e pintores,
incluindo também Jean Cocteau, Blaise Cendrars e Pierre Reverdy. Passaria a ser
conhecido como o Grupo dos Artistas Cubistas a partir de 1909, na Pintura,
e 1917, na Literatura.
Crítico de arte, inicia-se no
jornalismo em 1909/1910, escrevendo para “L’Intransigeant”, cedendo
depois o seu lugar a Apollinaire. Ainda em 1910, integrou o “Paris Journal”,
utilizando o pseudónimo ‘La Palette’. De 1913 a 1914, foi cronista da
revista “Montjoie”.
As suas duas primeiras recolhas
de poesia, “Poèmes et Féeries”, foram seguidas de uma terceira em 1910,
“Le Calumet”.
Em 1912, publicou “La Jeune Peinture française”. Curiosamente
foi nesta obra que foi revelada pela primeira vez a existência de “Les
Demoiselles d’Avignon”, o célebre quadro de Picasso.
Em 1920, publicou um romance
inspirado na vida do bairro de Montmartre, “La Négresse du Sacré-Cœur”. Sob
o pseudónimo ‘Pol de Comène’, publicou pequenos romances sentimentais,
na colecção “Le Petit livre” da editora Ferenczi.
Foi depois secretário da revista
“Vers et Prose”, criada pelo escritor Paul Fort. Seguidamente, coim
outros escritores, foi um dos fundadores do “Journal des Poètes” (1931).
Criou depois a revista “Les
Nouvelles de la République des lettres”.
Era igualmente um amigo próximo
do galerista Léopold Zborowski, que expunha obras de, entre outros pintores,
Amedeo Modigliani, Marc Chagall e Moïse Kisling.
Durante a ocupação alemã,
continuou a escrever no “Petit Parisien”, no qual colaborou durante mais
de 20 anos. A convite de um amigo pintor, viveu uns tempos no Brasil.
André Salmon foi agraciado, em
1964, com o Grande Prémio de Poesia da Academia Francesa.
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