EFEMÉRIDE – Óscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares, célebre arquitecto brasileiro, um dos nomes mais influentes na arquitectura moderna internacional, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 15 de Dezembro de 1907, completando portanto HOJE o seu centenário. Casou e teve uma filha que já lhe deu cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos. Após o casamento, começou a trabalhar na tipografia de seu pai, ao mesmo tempo que entrava para a Escola Nacional de Belas Artes, onde se licenciou como “engenheiro arquitecto” em 1934. É de sua autoria, em parceria com outros arquitectos, o edifício do Ministério da Educação e Saúde no Rio, construído a pedido de Getúlio Vargas. O edifício está assente sobre pilares, permitindo o trânsito de pessoas por baixo do mesmo.
Em 1940, Niemeyer conheceu Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte, que queria desenvolver uma área a norte da cidade. Kubitschek pediu-lhe para projectar uma série de prédios que seriam conhecidos como “conjunto da Pampulha”, obra que seria o seu primeiro grande trabalho individual.
Pelo seu modernismo, as suas obras estiveram quase sempre envoltas em polémicas. Assim aconteceu com a Igreja de São Francisco de Assis (Belo Horizonte), em que a hierarquia católica se negou a benzê-la.
Niemeyer dava formas sinuosas aos seus prédios, mas apressava-se a escrever enormes justificações para descrever as funções de cada curva do edifício. É autor de muitos projectos, pelo Brasil fora, aliando-se muitas vezes a outros artistas, autores de painéis de mosaicos, murais, etc.
Em 1947 obteve o reconhecimento mundial, ao ser convidado juntamente com outros arquitectos, para o projecto da sede das Nações Unidas em Nova Iorque.
Em 1952, construiu a sua própria casa no Rio - a Casa das Canoas, que ficaria a pertencer anos mais tarde à Fundação com o seu nome.
Juscelino Kubitschek, eleito presidente do Brasil em 1956, voltou a chamá-lo, agora para a direcção da Novacap, empresa urbanizadora da nova Capital, um projecto destinado a mover a capital nacional para uma região despovoada do centro do país. Niemeyer abriu um concurso para o projecto urbanístico de Brasília e o vencedor foi o seu antigo patrão e grande amigo, Lúcio Costa. Niemeyer ficou com os projectos dos prédios e Lúcio Costa com o plano da cidade. Em poucos meses, Niemeyer projectou dezenas de edifícios: o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional, a Catedral de Brasília e a sede do governo (Palácio do Planalto). Brasília foi assim projectada, construída e inaugurada num tempo recorde de 4 anos. Após a sua construção, Niemeyer foi nomeado coordenador da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Brasília. Em 1963 foi nomeado membro honorário do Instituto Americano de Arquitectos dos Estados Unidos, no mesmo ano em que ganhou o Prémio Lenine da Paz. Em 1964 viajou para Israel e, quando voltou, o Brasil tinha mudado. Os militares tinham assumido o controlo do país, que se tornara uma ditadura.
O comunismo de Niemeyer causou-lhe dissabores durante este período, os clientes começaram a desaparecer e os projectos eram misteriosamente recusados. Em 1965, duzentos professores, entre os quais Niemeyer, pediram a demissão da Universidade de Brasília. Impedido de trabalhar no Brasil, mudou-se para Paris. A sua obra internacionalizou-se, recebendo pedidos de vários países. Desenhou a Universidade de Constantina, a Mesquita de Argel, a sede do PCF em Paris e a Editora Mondador em Itália.
Nos anos “oitenta” voltou ao Brasil. Fez o Memorial JK, o prédio-sede da Rede Manchete de Televisão, os Sambódromos do Rio e São Paulo, etc.
Aos 89 anos criou o que seria considerada a sua obra-prima - o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. As "piores" críticas que se fizeram a este museu eram que a sua forma era tão bela que ofuscava as obras de arte que ali estavam expostas.
Em 2006, com noventa e nove anos, surpreendeu tudo e todos ao casar-se com a sua secretária, Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos.
Niemeyer mantém-se perfeitamente lúcido e activo. Tem projectos para o futuro, dispondo-se a projectar um estádio de futebol para o Mundial de 2014. Em Janeiro último, depois de um encontro com Hugo Chavez no Rio, decidiu fazer os planos para um monumento de homenagem a Bolívar, que será erigido em Caracas e terá cem metros de altura.
Em 1940, Niemeyer conheceu Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte, que queria desenvolver uma área a norte da cidade. Kubitschek pediu-lhe para projectar uma série de prédios que seriam conhecidos como “conjunto da Pampulha”, obra que seria o seu primeiro grande trabalho individual.
Pelo seu modernismo, as suas obras estiveram quase sempre envoltas em polémicas. Assim aconteceu com a Igreja de São Francisco de Assis (Belo Horizonte), em que a hierarquia católica se negou a benzê-la.
Niemeyer dava formas sinuosas aos seus prédios, mas apressava-se a escrever enormes justificações para descrever as funções de cada curva do edifício. É autor de muitos projectos, pelo Brasil fora, aliando-se muitas vezes a outros artistas, autores de painéis de mosaicos, murais, etc.
Em 1947 obteve o reconhecimento mundial, ao ser convidado juntamente com outros arquitectos, para o projecto da sede das Nações Unidas em Nova Iorque.
Em 1952, construiu a sua própria casa no Rio - a Casa das Canoas, que ficaria a pertencer anos mais tarde à Fundação com o seu nome.
Juscelino Kubitschek, eleito presidente do Brasil em 1956, voltou a chamá-lo, agora para a direcção da Novacap, empresa urbanizadora da nova Capital, um projecto destinado a mover a capital nacional para uma região despovoada do centro do país. Niemeyer abriu um concurso para o projecto urbanístico de Brasília e o vencedor foi o seu antigo patrão e grande amigo, Lúcio Costa. Niemeyer ficou com os projectos dos prédios e Lúcio Costa com o plano da cidade. Em poucos meses, Niemeyer projectou dezenas de edifícios: o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional, a Catedral de Brasília e a sede do governo (Palácio do Planalto). Brasília foi assim projectada, construída e inaugurada num tempo recorde de 4 anos. Após a sua construção, Niemeyer foi nomeado coordenador da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Brasília. Em 1963 foi nomeado membro honorário do Instituto Americano de Arquitectos dos Estados Unidos, no mesmo ano em que ganhou o Prémio Lenine da Paz. Em 1964 viajou para Israel e, quando voltou, o Brasil tinha mudado. Os militares tinham assumido o controlo do país, que se tornara uma ditadura.
O comunismo de Niemeyer causou-lhe dissabores durante este período, os clientes começaram a desaparecer e os projectos eram misteriosamente recusados. Em 1965, duzentos professores, entre os quais Niemeyer, pediram a demissão da Universidade de Brasília. Impedido de trabalhar no Brasil, mudou-se para Paris. A sua obra internacionalizou-se, recebendo pedidos de vários países. Desenhou a Universidade de Constantina, a Mesquita de Argel, a sede do PCF em Paris e a Editora Mondador em Itália.
Nos anos “oitenta” voltou ao Brasil. Fez o Memorial JK, o prédio-sede da Rede Manchete de Televisão, os Sambódromos do Rio e São Paulo, etc.
Aos 89 anos criou o que seria considerada a sua obra-prima - o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. As "piores" críticas que se fizeram a este museu eram que a sua forma era tão bela que ofuscava as obras de arte que ali estavam expostas.
Em 2006, com noventa e nove anos, surpreendeu tudo e todos ao casar-se com a sua secretária, Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos.
Niemeyer mantém-se perfeitamente lúcido e activo. Tem projectos para o futuro, dispondo-se a projectar um estádio de futebol para o Mundial de 2014. Em Janeiro último, depois de um encontro com Hugo Chavez no Rio, decidiu fazer os planos para um monumento de homenagem a Bolívar, que será erigido em Caracas e terá cem metros de altura.
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