sexta-feira, 18 de abril de 2008

EFEMÉRIDEAlbert Einstein, físico alemão, depois apátrida, suíço e finalmente suíço-americano, faleceu em Princeton, no dia 18 de Abril de 1955, vítima da ruptura de um aneurisma. Nascera em Ulm, em 14 de Março de 1879. Ganhou o Prémio Nobel da Física em 1921, como consagração da sua correcta explicação do efeito fotoeléctrico. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atómica, embora ele não o tivesse previsto à partida. Em virtude da formulação da teoria da relatividade, Einstein tornou-se famoso em todo o mundo. A sua popularidade excedeu quaisquer expectativas: "Einstein" tornou-se quase um sinónimo de génio, sendo eleito pela revista Time como a "Personalidade do Século".
Aos quinze anos, juntou-se à família que se tinha mudado para Itália com a finalidade de abrir um negócio no sector eléctrico. Já neste período, escreveu o seu primeiro trabalho científico “A Investigação do Estado do Éter em Campos Magnéticos”.
Em 1895 decidiu entrar na universidade, antes mesmo de terminar o ensino secundário, fazendo exames de admissão na Universidade Federal Suíça em Zurique, mas reprovou na parte de Humanidades. Foi então para a cidade de Aarau, no cantão suíço de Argóvia, para terminar o curso secundário, o que aconteceu no ano seguinte.
Em 1896, com dezassete anos, renunciou à cidadania alemã com o intuito de evitar o serviço militar e pediu a naturalização Suiça. Não deixaria mais de ser cidadão suíço, mesmo depois de receber a naturalização americana.
Cursou o ensino superior na Suíça, onde mais tarde foi docente, continuando a publicar artigos científicos em revistas da especialidade. Obteve o doutoramento em 1905, ano em que escreveu quatro dos mais importantes artigos científicos da física do século XX. Por esta razão se diz que 1905 foi o "Annus Mirabilis" (Ano Miraculoso) de Einstein. Num dos trabalhos deduziu a famosa relação entre a massa e a energia: E = mc2. Esta equação esteve na base de construção das bombas nucleares.
Em 1914, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial, Einstein instalou-se em Berlim onde foi nomeado director do Instituto Kaiser Wilhelm de Física e professor da Universidade de Berlim.
Em Novembro de 1915, Einstein apresentou perante a Academia Prussiana das Ciências uma série de conferências onde explicou a sua teoria da relatividade geral.
O seu pacifismo e a sua origem judaica tornaram-no impopular entre os nacionalistas alemães. Depois de se ter tornado mundialmente famoso, o ódio para com ele tornou-se ainda mais forte.
Em 1921, Einstein acompanhou uma delegação Sionista à Palestina, onde foi proposto um Estado baseado no modelo suíço, onde muçulmanos e judeus pudessem viver em paz. Participou também numa campanha de angariação de fundos para a Universidade Hebraica de Jerusalém que, segundo ele, deveria possibilitar estudos aos judeus de todo o mundo sem serem vítimas de discriminação.
Em 1933, Hitler chegou ao poder na Alemanha. Einstein, como judeu, encontrava-se em perigo. Foi avisado por amigos de que havia planos para o seu assassinato e foi aconselhado a fugir. Einstein renunciou mais uma vez à cidadania alemã. Em Outubro de 1933, partiu do porto de Southampton num navio que o levaria para os Estados Unidos da América, nunca mais tendo voltado a viver na Europa.
Em 1941 foi iniciado nos Estados Unidos o Projecto Manhattan, o desenvolvimento de uma bomba atómica. Albert Einstein escrevera uma carta ao Presidente Roosevelt, dizendo ser necessária e urgente a organização de experiências de grande envergadura para o seu estudo e realização. Conhecia o risco para o mundo desta descoberta, mas sabia igualmente que os sábios alemães se encarniçavam sobre o mesmo problema e tinham todas as possibilidades de o resolver. «Assumira as suas responsabilidades», apesar de ser profundamente pacifista. Mais tarde mostrar-se-ia arrependido de ter escrito aquela carta. Em 1945, reformou-se da carreira universitária.
Em 1952, Ben-Gurion, primeiro-ministro de Israel, convidou Albert Einstein para presidente do Estado de Israel. Einstein agradeceu mas recusou, alegando que não estava à altura do cargo.
Uma semana antes de sua morte escreveu a sua última carta, endereçada ao filósofo Bertrand Russell, concordando em que o seu nome figurasse numa petição exortando todas as nações do Mundo a abandonar as armas nucleares.

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