EFEMÉRIDE – Yasunari Kawabata, primeiro escritor japonês a ser laureado com o Prémio Nobel da Literatura (1968), morreu em Zuschi, no dia 16 de Abril de 1972. Nascera em Osaka, Honshu, em 14 de Junho de 1899.
Quando criança mostrara interesse em ser pintor, mas cedo optou pela literatura, após publicar nalguns jornais e revistas vários contos, quando frequentava o liceu.
Kawabata teve uma infância trágica: órfão aos três anos, perdeu a avó com sete, a irmã com nove e o avô com catorze.
Depois do Liceu, estudou Literatura na Universidade Imperial de Tóquio e fundou, juntamente com um amigo, o jornal de letras “Bungei Jidai”. Aliás, pela vida fora, foi criando várias outras revistas, só ou em parceria. Começou a ganhar notoriedade após a licenciatura, sendo reconhecido no mundo das letras, em 1926, com “A Dançarina de Izu” - uma história que gira à volta do erotismo no amor juvenil.
O seu primeiro romance “Terra de Neve” foi publicado em 1935 e colocou-o desde logo entre os escritores japoneses mais importantes e promissores, sendo hoje considerado uma das suas obras-primas. Continuou a escrever depois da 2ª Guerra Mundial, publicando então o seu melhor romance, segundo opinião dele próprio(“Meijin” em 1951). Muitos dos seus livros são inspirados por factos reais, às vezes autobiográficos.
Foi presidente do Pen Club japonês durante muitos anos. No discurso de aceitação do Prémio Nobel, condenou a prática do suicídio, vindo a praticá-lo quatro anos mais tarde. Visitou a Europa pela primeira vez em 1957 em representação do Pen Clube, o que lhe permitiu encontrar vários escritores ocidentais.
Ao longo da vida, recebeu inúmeros prémios e consagrações no Japão e no estrangeiro e um dos seus livros foi considerado o melhor livro do ano (“Nuvem de pássaros brancos”). Foi nomeado para à Academia das Artes, tendo publicado também várias obras sob a forma de folhetins.
Na década de 60, foi hospitalizado em virtude de uma over-dose dos soníferos que tomava regularmente, ficando em coma durante dez dias. Logo que se restabeleceu, abraçou diversas causas pela paz no Mundo e em 1965, por cansaço, pediu a demissão de presidente do Pen Clube.
Em 1965 publicou o seu último livro “Tristeza e Beleza” e, no ano seguinte, foi hospitalizado em virtude de uma grave crise hepática. Em 1969 foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade do Hawaii e Membro de Honra da Academia das Artes e das Letras do Estados Unidos.
Aos 72 anos, utilizando gás, pós fim à vida, discretamente, na solidão de um pequeno apartamento à beira-mar, que lhe servia de escritório secundário. Não deixou nem explicações nem testamento. O seu túmulo encontra-se no cemitério de Kamakura.
Nos anos 1980/1984 foi publicada no Japão a sua obra integral em 37 volumes.
Quando criança mostrara interesse em ser pintor, mas cedo optou pela literatura, após publicar nalguns jornais e revistas vários contos, quando frequentava o liceu.
Kawabata teve uma infância trágica: órfão aos três anos, perdeu a avó com sete, a irmã com nove e o avô com catorze.
Depois do Liceu, estudou Literatura na Universidade Imperial de Tóquio e fundou, juntamente com um amigo, o jornal de letras “Bungei Jidai”. Aliás, pela vida fora, foi criando várias outras revistas, só ou em parceria. Começou a ganhar notoriedade após a licenciatura, sendo reconhecido no mundo das letras, em 1926, com “A Dançarina de Izu” - uma história que gira à volta do erotismo no amor juvenil.
O seu primeiro romance “Terra de Neve” foi publicado em 1935 e colocou-o desde logo entre os escritores japoneses mais importantes e promissores, sendo hoje considerado uma das suas obras-primas. Continuou a escrever depois da 2ª Guerra Mundial, publicando então o seu melhor romance, segundo opinião dele próprio(“Meijin” em 1951). Muitos dos seus livros são inspirados por factos reais, às vezes autobiográficos.
Foi presidente do Pen Club japonês durante muitos anos. No discurso de aceitação do Prémio Nobel, condenou a prática do suicídio, vindo a praticá-lo quatro anos mais tarde. Visitou a Europa pela primeira vez em 1957 em representação do Pen Clube, o que lhe permitiu encontrar vários escritores ocidentais.
Ao longo da vida, recebeu inúmeros prémios e consagrações no Japão e no estrangeiro e um dos seus livros foi considerado o melhor livro do ano (“Nuvem de pássaros brancos”). Foi nomeado para à Academia das Artes, tendo publicado também várias obras sob a forma de folhetins.
Na década de 60, foi hospitalizado em virtude de uma over-dose dos soníferos que tomava regularmente, ficando em coma durante dez dias. Logo que se restabeleceu, abraçou diversas causas pela paz no Mundo e em 1965, por cansaço, pediu a demissão de presidente do Pen Clube.
Em 1965 publicou o seu último livro “Tristeza e Beleza” e, no ano seguinte, foi hospitalizado em virtude de uma grave crise hepática. Em 1969 foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade do Hawaii e Membro de Honra da Academia das Artes e das Letras do Estados Unidos.
Aos 72 anos, utilizando gás, pós fim à vida, discretamente, na solidão de um pequeno apartamento à beira-mar, que lhe servia de escritório secundário. Não deixou nem explicações nem testamento. O seu túmulo encontra-se no cemitério de Kamakura.
Nos anos 1980/1984 foi publicada no Japão a sua obra integral em 37 volumes.
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