quinta-feira, 17 de abril de 2008

EFEMÉRIDEKaren Christentze Dinesen, baronesa von Blixen-Finecke, conhecida literariamente por Karen Blixen e também pelos pseudónimos “Isak Dinesen” e “Pierre Andrézel”, escritora dinamarquesa, nasceu em Rungstedlund, no dia 17 de Abril de 1885. Faleceu na mesma localidade, em 7 de Setembro de 1962.
O pai, que era militar, suicidou-se quando ela tinha apenas dois anos, provavelmente atormentado pelo facto de sofrer de sífilis, doença quase tão grave e estigmatizante naquela época como hoje é a Sida. A mãe ficou só e com cinco filhos para criar. Pôde mantê-los graças a ajudas familiares, proporcionando-lhes mesmo estudos em boas escolas na Suiça.
Karen começou a escrever pequenas histórias aos 22 anos. Em 1914, casou-se com um primo e foram viver no Quénia, onde geriram uma plantação de café perto de Nairobi. O marido passava longos períodos afastado de casa, em safaris e campanhas militares. Entre 1915 e 1916, Karen contraiu também sífilis, provavelmente do marido, embora alguns dissessem que ela poderia ter herdado a doença de seu pai. Divorciou-se anos mais tarde e, após outro casamento, enviuvou e voltou à Dinamarca. Era mantida em vida graças a tratamentos com metais pesados (mercúrio).
Ainda em África, escrevera o seu primeiro livro “A vingança da verdade”, publicado em 1926. Após o regresso à Dinamarca, publicou “Sete contos góticos” em 1934 sob o pseudónimo de Isak Dinesen. O terceiro livro e o mais conhecido mundialmente foi “A fazenda africana”, publicado em 1937 e baseado na sua vivência em África. O sucesso alcançado notabilizou-a como escritora, tendo sido premiada com o “Prémio Tagea Brandt Rejselegat” em 1939. Em 1985, por ocasião do centenário do seu nascimento, este último livro foi adaptado ao cinema, com o título de “África Minha”, obtendo enorme êxito em todo o mundo.
Durante a 2ª Guerra Mundial, Karen escreveu “Contos de Inverno”, publicado em 1942, e o romance “As vingadoras angélicas”, sob o pseudónimo de Pierre Andrézel (1944).
A partir de 1950, a sua saúde deteriorou-se e, em 1955, foi-lhe retirado um terço do estômago devido a uma úlcera. Impossibilitada de se alimentar normalmente, morreu aos 77 anos de idade, de má nutrição e pesando apenas 35 quilos.

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