EFEMÉRIDE – Artur de Sacadura Freire Cabral, oficial da Marinha Portuguesa e piloto que realizou a primeira travessia aérea do Atlântico Sul juntamente com Gago Coutinho em 1922, nasceu em Celorico da Beira no dia 23 de Maio de 1881. Desapareceu algures no mar do Norte, em 15 de Novembro de 1924, quando voava de Amesterdão para Lisboa num “Fokker 4146” que se despenhou. O corpo nunca foi encontrado.
Frequentou a Escola Naval com classificações brilhantes, sendo o primeiro do seu curso. Esteve dois anos em Moçambique e Angola, onde realizou trabalhos hidrográficos. Foi por essa altura que conheceu Gago Coutinho. Juntos, desempenharam missões geodésicas e geográficas, durante as quais Sacadura Cabral revelou as suas capacidades como geógrafo e astrónomo, além dos seus inegáveis dotes de programador e estratega.
Obteve o brevet de piloto em França na Escola Militar de Chartres, especializou-se em hidroaviões na Escola de Aviação Marítima de Saint Raphael e foi um dos instrutores iniciais da Escola Militar de Aviação. Dirigiu também os Serviços de Aeronáutica Naval e foi comandante de esquadrilha na Base Naval de Lisboa.
Quando o governo decidiu enviar uma esquadra de aviação para cooperar com o exército na região do Niassa, em Moçambique, na defesa deste território contra os ataques dos Alemães, Sacadura Cabral foi encarregue de adquirir em França o material necessário. Tornou-se, então, o responsável pela primeira unidade de aviação constituída em Portugal.
Apoiando-se na sua coragem, inteligência e poder de persuasão, celebrizou-se a nível mundial, apesar das insuficiências técnicas da época. Realizou várias travessias aéreas memoráveis. Em 1921 realizou a viagem Lisboa - Madeira, juntamente com Gago Coutinho e Ortins de Bettencourt, que serviu de ensaio para a grande aventura do ano seguinte, que o levaria até ao Rio de Janeiro. Foi Sacadura Cabral que projectou a viagem e a expôs a Gago Coutinho que se sentiu assim motivado para adaptar à navegação aérea o clássico sextante da navegação marítima.
A travessia iniciou-se em 30 de Março de 1922 com o hidroavião “Lusitânia”. Primeira escala nas Canárias, a que se seguiram São Vicente em Cabo Verde e os arquipélagos de São Pedro e São João. Aqui, já em território brasileiro, ao amarar, viram uma onda arrancar um dos flutuadores, o que provocou o afundamento do aparelho. O governo português enviou então um novo hidroavião, o “Fairey 16”, cujo motor se avariou no percurso até à ilha de Fernando Noronha. Três dias depois, partiram para a etapa final. Em 17 de Junho, chegaram por fim à baía de Guanabara, terminando a aventura no Rio de Janeiro. Apesar de todos os percalços, esta viagem constituiu um marco importante na aviação mundial e confirmou a eficácia do sextante aperfeiçoado por Gago Coutinho, que permitia a navegação astronómica com uma precisão nunca antes conseguida.
“Nunca fui senão uma coisa: português - e é isto que quero continuar a ser e serei. O meu maior desejo é que me deixem voltar à obscuridade de onde saí e que, tranquilamente, me seja permitido continuar a exercer a profissão a que me dediquei” - declarou Sacadura Cabral ao regressar do Brasil.
Frequentou a Escola Naval com classificações brilhantes, sendo o primeiro do seu curso. Esteve dois anos em Moçambique e Angola, onde realizou trabalhos hidrográficos. Foi por essa altura que conheceu Gago Coutinho. Juntos, desempenharam missões geodésicas e geográficas, durante as quais Sacadura Cabral revelou as suas capacidades como geógrafo e astrónomo, além dos seus inegáveis dotes de programador e estratega.
Obteve o brevet de piloto em França na Escola Militar de Chartres, especializou-se em hidroaviões na Escola de Aviação Marítima de Saint Raphael e foi um dos instrutores iniciais da Escola Militar de Aviação. Dirigiu também os Serviços de Aeronáutica Naval e foi comandante de esquadrilha na Base Naval de Lisboa.
Quando o governo decidiu enviar uma esquadra de aviação para cooperar com o exército na região do Niassa, em Moçambique, na defesa deste território contra os ataques dos Alemães, Sacadura Cabral foi encarregue de adquirir em França o material necessário. Tornou-se, então, o responsável pela primeira unidade de aviação constituída em Portugal.
Apoiando-se na sua coragem, inteligência e poder de persuasão, celebrizou-se a nível mundial, apesar das insuficiências técnicas da época. Realizou várias travessias aéreas memoráveis. Em 1921 realizou a viagem Lisboa - Madeira, juntamente com Gago Coutinho e Ortins de Bettencourt, que serviu de ensaio para a grande aventura do ano seguinte, que o levaria até ao Rio de Janeiro. Foi Sacadura Cabral que projectou a viagem e a expôs a Gago Coutinho que se sentiu assim motivado para adaptar à navegação aérea o clássico sextante da navegação marítima.
A travessia iniciou-se em 30 de Março de 1922 com o hidroavião “Lusitânia”. Primeira escala nas Canárias, a que se seguiram São Vicente em Cabo Verde e os arquipélagos de São Pedro e São João. Aqui, já em território brasileiro, ao amarar, viram uma onda arrancar um dos flutuadores, o que provocou o afundamento do aparelho. O governo português enviou então um novo hidroavião, o “Fairey 16”, cujo motor se avariou no percurso até à ilha de Fernando Noronha. Três dias depois, partiram para a etapa final. Em 17 de Junho, chegaram por fim à baía de Guanabara, terminando a aventura no Rio de Janeiro. Apesar de todos os percalços, esta viagem constituiu um marco importante na aviação mundial e confirmou a eficácia do sextante aperfeiçoado por Gago Coutinho, que permitia a navegação astronómica com uma precisão nunca antes conseguida.
“Nunca fui senão uma coisa: português - e é isto que quero continuar a ser e serei. O meu maior desejo é que me deixem voltar à obscuridade de onde saí e que, tranquilamente, me seja permitido continuar a exercer a profissão a que me dediquei” - declarou Sacadura Cabral ao regressar do Brasil.
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