EFEMÉRIDE – Pol Pot, de seu verdadeiro nome Saloth Sar, governante do Camboja, conhecido por ser responsável pelo genocídio cambojano, nasceu em Prek Sbauv no dia 19 de Maio de 1928. Morreu em 15 de Abril de 1998.
Nascido numa família camponesa rica, começou por estudar numa escola católica e, depois, prosseguiu os seus estudos em França numa escola técnica particular (1949/1953). Fez parte de um grupo de estudantes cambojanos que se opunha ao poder do futuro rei Norodom Sihanouk. Por essa razão, perderam as suas bolsas de estudo e sentiram-se atraídos pelo leninismo, seguindo o exemplo de Ho Chi Minh, que lutava contra a ocupação francesa no Vietname.
Em 1953 voltou ao Camboja, sem ter terminado os estudos. Após a independência do país e a instauração da monarquia, ocorridas nesse mesmo ano, juntou-se ao Partido Comunista Indochinês, que possuía poucos quadros cambojanos. Em 1960 foi fundado o Partido dos Trabalhadores Khmers, no qual Saloth Sar se filiou, mudando o seu nome para Pol Pot. Em 1963 tornou-se chefe do partido. Entretanto, para escapar às perseguições políticas, entrou na clandestinidade.
Em 1966, fez uma viagem a Pequim. Atraído pelo maoísmo e irritado pela dominação vietnamita sobre o seu partido, recebeu apoio da China que viu nele um aliado para expandir o comunismo anti-soviético e pró chinês naquela zona.
Em 1970 o general Lon Nol, com a cumplicidade da CIA, derrubou Norodom Sihanouk. Foi o início da guerra civil.
Os monárquicos aliaram-se então aos Khmers vermelhos contra o novo governo. Em Abril de 1975, Pnom Penh foi tomada pelos revoltosos, que ocuparam o poder e mudaram o nome do país para Kampuchéa Democrática (1976). Os Khmers tardaram a dotar-se de um governo. Pol Pot foi finalmente nomeado Primeiro-Ministro e uma nova constituição, uma nova bandeira e um novo hino nacional foram adoptados.
Teve início o genocídio cambojano. Cerca de um milhão e meio de pessoas foram massacradas segundo ordens de Pol Pot. Durante perto de quatro anos, os Khmers vermelhos fizeram reinar o terror no país, encarniçando-se sobretudo sobre a população urbana e os intelectuais. Tudo o que pudesse lembrar a modernidade ocidental era também sistematicamente destruído. A moeda, a família, a religião e a propriedade privada foram abolidas. O Camboja ficou isolado do mundo.
A partir de 1977, após ter sobrevivido a três tentativas de assassinato, Pol Pot multiplicou purgas no seio do partido, fez colocar minas anti-pessoais ao longo das fronteiras e tornou-se ameaçador para com o Vietname, a quem culpava por todos os seus males.
No fim de 1978, o Vietname invadiu o Camboja. Um novo governo tomou o poder, sendo composto por antigos Khmers vermelhos oponentes de Pol Pot. O país passou a denominar-se República Popular do Kampuchéa. Pol Pot e os seus fiéis fugiram para a floresta, onde organizaram uma guerrilha contra o novo regime.
Em 1985 Pol Pot deixou de ocupar qualquer função oficial, mas continuou a ser uma figura emblemática dos Khmers vermelhos. Em 1989 o Vietname retirou-se do Camboja e Pol Pot recusou-se a cooperar num processo de paz. As suas tropas, desmoralizadas, começaram a desertar. Vários líderes importantes também o abandonaram e Pol Pot mandou executar o seu braço direito, Son Sen, em Junho de 1997, por ele querer fazer um acordo com o governo.
Condenado à morte à revelia pelas autoridades, Pol Pot desapareceu no fim dos anos 1990, dizendo-se que estaria a viver luxuosamente na Tailândia, fazendo tráfico de madeiras e de pedras preciosas. Acabou por ser preso pelo seu próprio chefe militar, Ta Mok, e sentenciado a prisão domiciliar perpétua, algemado a uma coluna, em virtude da execução de Son Sem. Em Abril de 1998, Ta Mok fugiu para a floresta após novo ataque do governo, levando Pol Pot consigo. Alguns dias depois, em 15 de Abril de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente de ataque cardíaco. O seu corpo foi cremado numa zona rural do Camboja, juntamente com lixo e pneus velhos.
Nascido numa família camponesa rica, começou por estudar numa escola católica e, depois, prosseguiu os seus estudos em França numa escola técnica particular (1949/1953). Fez parte de um grupo de estudantes cambojanos que se opunha ao poder do futuro rei Norodom Sihanouk. Por essa razão, perderam as suas bolsas de estudo e sentiram-se atraídos pelo leninismo, seguindo o exemplo de Ho Chi Minh, que lutava contra a ocupação francesa no Vietname.
Em 1953 voltou ao Camboja, sem ter terminado os estudos. Após a independência do país e a instauração da monarquia, ocorridas nesse mesmo ano, juntou-se ao Partido Comunista Indochinês, que possuía poucos quadros cambojanos. Em 1960 foi fundado o Partido dos Trabalhadores Khmers, no qual Saloth Sar se filiou, mudando o seu nome para Pol Pot. Em 1963 tornou-se chefe do partido. Entretanto, para escapar às perseguições políticas, entrou na clandestinidade.
Em 1966, fez uma viagem a Pequim. Atraído pelo maoísmo e irritado pela dominação vietnamita sobre o seu partido, recebeu apoio da China que viu nele um aliado para expandir o comunismo anti-soviético e pró chinês naquela zona.
Em 1970 o general Lon Nol, com a cumplicidade da CIA, derrubou Norodom Sihanouk. Foi o início da guerra civil.
Os monárquicos aliaram-se então aos Khmers vermelhos contra o novo governo. Em Abril de 1975, Pnom Penh foi tomada pelos revoltosos, que ocuparam o poder e mudaram o nome do país para Kampuchéa Democrática (1976). Os Khmers tardaram a dotar-se de um governo. Pol Pot foi finalmente nomeado Primeiro-Ministro e uma nova constituição, uma nova bandeira e um novo hino nacional foram adoptados.
Teve início o genocídio cambojano. Cerca de um milhão e meio de pessoas foram massacradas segundo ordens de Pol Pot. Durante perto de quatro anos, os Khmers vermelhos fizeram reinar o terror no país, encarniçando-se sobretudo sobre a população urbana e os intelectuais. Tudo o que pudesse lembrar a modernidade ocidental era também sistematicamente destruído. A moeda, a família, a religião e a propriedade privada foram abolidas. O Camboja ficou isolado do mundo.
A partir de 1977, após ter sobrevivido a três tentativas de assassinato, Pol Pot multiplicou purgas no seio do partido, fez colocar minas anti-pessoais ao longo das fronteiras e tornou-se ameaçador para com o Vietname, a quem culpava por todos os seus males.
No fim de 1978, o Vietname invadiu o Camboja. Um novo governo tomou o poder, sendo composto por antigos Khmers vermelhos oponentes de Pol Pot. O país passou a denominar-se República Popular do Kampuchéa. Pol Pot e os seus fiéis fugiram para a floresta, onde organizaram uma guerrilha contra o novo regime.
Em 1985 Pol Pot deixou de ocupar qualquer função oficial, mas continuou a ser uma figura emblemática dos Khmers vermelhos. Em 1989 o Vietname retirou-se do Camboja e Pol Pot recusou-se a cooperar num processo de paz. As suas tropas, desmoralizadas, começaram a desertar. Vários líderes importantes também o abandonaram e Pol Pot mandou executar o seu braço direito, Son Sen, em Junho de 1997, por ele querer fazer um acordo com o governo.
Condenado à morte à revelia pelas autoridades, Pol Pot desapareceu no fim dos anos 1990, dizendo-se que estaria a viver luxuosamente na Tailândia, fazendo tráfico de madeiras e de pedras preciosas. Acabou por ser preso pelo seu próprio chefe militar, Ta Mok, e sentenciado a prisão domiciliar perpétua, algemado a uma coluna, em virtude da execução de Son Sem. Em Abril de 1998, Ta Mok fugiu para a floresta após novo ataque do governo, levando Pol Pot consigo. Alguns dias depois, em 15 de Abril de 1998, Pol Pot morreu, oficialmente de ataque cardíaco. O seu corpo foi cremado numa zona rural do Camboja, juntamente com lixo e pneus velhos.
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