domingo, 8 de maio de 2011

EFEMÉRIDERoberto Rossellini, realizador de cinema e de televisão italiano, nasceu em Roma no dia 8 de Maio de 1906. Morreu na mesma cidade em 3 de Junho de 1977, vítima de ataque cardíaco.
Tendo por origem uma família burguesa de Roma e vivendo numa atmosfera artística, musical e cultural, interessou-se pelo cinema por influência do pai, proprietário de uma sala de espectáculos.
Começou a sua carreira realizando algumas curtas-metragens nos anos 1930. Durante o fascismo, ingressou na indústria cinematográfica italiana como assistente de realização, trabalhando como supervisor de alguns filmes.
A sua primeira longa-metragem foi “La Nave Bianca” (1941), a que se seguiram outras. Este período ficou marcado pela sua amizade com Federico Fellini, que foi seu assistente, e Aldo Fabrizi.
O grande momento da sua carreira veio no final da Segunda Guerra Mundial, quando produziu duas das suas obras-primas: “Roma, cidade aberta” (1945), Prémio do Melhor Filme no Festival de Cinema de Cannes, e “Paisà” (1946), interpretado por actores não profissionais. Tornou-se um dos principais expoentes do neo-realismo italiano. Teve uma tumultuosa relação com a actriz Anna Magnani, de quem se separaria.
Em 1948, recebeu uma carta de uma actriz estrangeira que se propunha trabalhar com ele: «Caro senhor Rossellini, vi os seus filmes “Roma, cidade aberta” e “Paisà” e apreciei-os muito. Se precisar de uma actriz sueca que fala muito bem inglês, que não esqueceu o alemão, que não é muito fluente em francês e que, em italiano, só sabe dizer “ti amo”, estou pronta para fazer um filme consigo» - Ingrid Bergman.
Com esta carta começava uma história que propulsionou Ingrid e Rossellini para as luzes da ribalta. A sua relação causou escândalo, já que ambos eram casados. O escândalo amplificou-se quando tiveram filhos. Trabalharam juntos em “Stromboli terra di Dio” em 1950, “Europa'51” em 1952 e “Viaggio in Italia” no ano seguinte. Separaram-se em 1957, no regresso de uma viagem à Índia
Em 1963, Rossellini fez o guião de “Les Carabiniers” de Jean-Luc Godard. Na década de 1960, realizou vários filmes e séries para televisão, de natureza cultural e educativa.
De 1968 a 1974, dirigiu o Centro Experimental de Cinematografia. Em 1974 realizou “Anno uno” e em 1975 “Il Messia”.
Em 1977, ano da sua morte, fez ainda um filme sobre o Centro de Arte e de Cultura Georges Pompidou e aceitou a presidência do júri no Festival de Cannes.

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