EFEMÉRIDE – Ernesto Sabato, romancista, ensaísta, crítico literário e artista plástico, um dos maiores autores argentinos do século XX, nasceu em Rojas no dia 24 de Junho de 1911. Morreu em Santos Lugares, em 30 de Abril de 2011.
Depois de ter feito a instrução primária na Escola de Rojas, seguiu os estudos secundários no Colegio Nacional de La Plata. Em 1929 ingressou na Faculdade de Ciências Físico-Matemáticas da Universidade Nacional de La Plata.
Foi um militante activo do movimento de reforma universitária, fundando em 1933 o “Grupo Insurrexit”, de tendência comunista. Ainda em 1933, foi eleito secretário-geral da Juventude Comunista.
Em 1938 doutorou-se em Física na Universidade Nacional de La Plata, tendo-lhe sido concedida uma bolsa anual para realizar trabalhos de investigação sobre radiação atómica no Laboratório Curie em Paris. Em 1939 foi transferido para o Massachusetts Institute of Technology (MIT), deixando Paris antes do começo da Segunda Guerra Mundial.
Voltou a Argentina em 1940 para ser professor na Universidade de Buenos Aires. Em 1943, devido a uma crise existencial, decidiu afastar-se da área científica, para se dedicar quase exclusivamente à literatura e à pintura.
Em 1945 publicou o seu primeiro livro, “Nós e o universo”, uma série de artigos filosóficos nos quais criticava a aparente neutralidade moral da ciência e alertava sobre os processos de desumanização nas sociedades tecnológicas. Com o tempo, foi construindo uma postura libertária. Escreveu artigos literários para o jornal “La Nación”, que não agradaram ao regime de Perón e o obrigaram a abandonar completamente o ensino. Foi director durante um ano do semanário “Mundo Argentino” e foi colaborador de vários periódicos americanos e europeus.
O ano de 1948 marcou o início do seu prestígio como escritor, ao publicar o primeiro romance, “O túnel”. Enraizado no existencialismo, uma corrente filosófica de enorme difusão no pós-guerra, este livro recebeu críticas entusiastas de Graham Greene e de Albert Camus, que fez com que a obra fosse traduzida para francês.
Em 1961 publicou “Sobre heróis e tumbas”, que é a sua obra-prima e foi considerado o melhor romance argentino do século XX.
Em 1975 recebeu o Prémio de Consagração Nacional da Argentina. Dois anos depois recebeu em Itália o Prémio Medici.
A pedido do presidente Raúl Alfonsín, presidiu entre 1983 e 1984 a “Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas durante a Ditadura”, cuja investigação foi publicada no livro “Nunca Mais” (1985) e abriu as portas para o julgamento dos militares responsáveis.
Em 1984 recebeu o Prémio Cervantes. No ano de 1987 foi nomeado Cavaleiro da Legião de Honra Francesa. Dois anos mais tarde, em 1989, recebeu em Israel o Prémio Jerusalém. No mesmo ano recebeu o doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Múrcia, em Espanha, tendo recebido a mesma distinção das Universidades de Rosário (1991) e de Turim (1995). Ganhou ainda o Prémio Ismaïl Kadaré.
Vítima de uma grave doença nos olhos, deixou de escrever e consagrou-se à pintura, tendo feito uma exposição dos seus trabalhos no “Centro de Arte e de Cultura George Pompidou” em Paris. Faleceu com 99 anos.
Depois de ter feito a instrução primária na Escola de Rojas, seguiu os estudos secundários no Colegio Nacional de La Plata. Em 1929 ingressou na Faculdade de Ciências Físico-Matemáticas da Universidade Nacional de La Plata.
Foi um militante activo do movimento de reforma universitária, fundando em 1933 o “Grupo Insurrexit”, de tendência comunista. Ainda em 1933, foi eleito secretário-geral da Juventude Comunista.
Em 1938 doutorou-se em Física na Universidade Nacional de La Plata, tendo-lhe sido concedida uma bolsa anual para realizar trabalhos de investigação sobre radiação atómica no Laboratório Curie em Paris. Em 1939 foi transferido para o Massachusetts Institute of Technology (MIT), deixando Paris antes do começo da Segunda Guerra Mundial.
Voltou a Argentina em 1940 para ser professor na Universidade de Buenos Aires. Em 1943, devido a uma crise existencial, decidiu afastar-se da área científica, para se dedicar quase exclusivamente à literatura e à pintura.
Em 1945 publicou o seu primeiro livro, “Nós e o universo”, uma série de artigos filosóficos nos quais criticava a aparente neutralidade moral da ciência e alertava sobre os processos de desumanização nas sociedades tecnológicas. Com o tempo, foi construindo uma postura libertária. Escreveu artigos literários para o jornal “La Nación”, que não agradaram ao regime de Perón e o obrigaram a abandonar completamente o ensino. Foi director durante um ano do semanário “Mundo Argentino” e foi colaborador de vários periódicos americanos e europeus.
O ano de 1948 marcou o início do seu prestígio como escritor, ao publicar o primeiro romance, “O túnel”. Enraizado no existencialismo, uma corrente filosófica de enorme difusão no pós-guerra, este livro recebeu críticas entusiastas de Graham Greene e de Albert Camus, que fez com que a obra fosse traduzida para francês.
Em 1961 publicou “Sobre heróis e tumbas”, que é a sua obra-prima e foi considerado o melhor romance argentino do século XX.
Em 1975 recebeu o Prémio de Consagração Nacional da Argentina. Dois anos depois recebeu em Itália o Prémio Medici.
A pedido do presidente Raúl Alfonsín, presidiu entre 1983 e 1984 a “Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas durante a Ditadura”, cuja investigação foi publicada no livro “Nunca Mais” (1985) e abriu as portas para o julgamento dos militares responsáveis.
Em 1984 recebeu o Prémio Cervantes. No ano de 1987 foi nomeado Cavaleiro da Legião de Honra Francesa. Dois anos mais tarde, em 1989, recebeu em Israel o Prémio Jerusalém. No mesmo ano recebeu o doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Múrcia, em Espanha, tendo recebido a mesma distinção das Universidades de Rosário (1991) e de Turim (1995). Ganhou ainda o Prémio Ismaïl Kadaré.
Vítima de uma grave doença nos olhos, deixou de escrever e consagrou-se à pintura, tendo feito uma exposição dos seus trabalhos no “Centro de Arte e de Cultura George Pompidou” em Paris. Faleceu com 99 anos.
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