EFEMÉRIDE – João Gilberto Prado Pereira de Oliveira, músico brasileiro, considerado o principal criador do ritmo Bossa Nova, nasceu em Juazeiro, Bahia, no dia 10 de Junho de 1931. Teve o seu primeiro violão aos 14 anos de idade, oferecido pelo avô. Desde então, nunca mais o largou. Na década de 1940, passava todos os seus tempos livres a escutar Duke Ellington, Dorival Caymmi e Dalva de Oliveira. Aos 18 anos, decidiu mudar-se para Salvador com a intenção de ser cantor de rádio e crooner. Foi depois para o Rio de Janeiro, em 1950, onde teve algum sucesso fazendo parte do grupo “Garotos da Lua”. Entretanto, foi “expulso” desta banda por indisciplina, vivendo alguns anos de modo errante e marginal, ainda que obcecado pela ideia de criar uma nova forma de se expressar com o violão. A sua teimosia foi finalmente recompensada. Após conhecer Tom Jobim - pianista acostumado à música clássica e também compositor, influenciado pela música norte-americana da época (principalmente o jazz) - e um grupo de estudantes universitários de classe média, igualmente músicos, lançou o movimento que ficou conhecido por “Bossa Nova”.
A Bossa Nova é uma mistura do ritmo sincopado da percussão do samba, numa forma simplificada e ao mesmo tempo sofisticada, que pode ser tocada num violão sem acompanhamento adicional. Quanto à técnica vocal, ela consiste em cantar num tom de voz uniforme, com voz emitida sem vibrato, e com um fraseado disposto de forma única e não convencional (ora antes, ora depois da base rítmica), e de forma a eliminar o próprio ruído da respiração e outras imperfeições.
Apesar da fama granjeada com a recém-criada bossa nova, a sua primeira gravação lançada comercialmente foi uma participação como violonista, no disco de Elizeth Cardoso “Canção do Amor Demais”, composto por canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes (1958). Pouco depois desta gravação, João Gilberto gravou o seu primeiro disco, “Chega de Saudade”. A faixa-título, composta por Tom e Vinicius, foi um êxito no Brasil, lançando a carreira de João Gilberto e, por consequência, de todo o movimento da bossa nova. Este disco foi seguido de outros dois, em 1960 e 1961, nos quais ele apresentou músicas de uma nova geração de cantores e compositores. Por volta de 1962, a bossa nova tinha sido adoptada também por músicos de jazz norte-americanos. A convite de um deles (Stan Getz), João Gilberto e Tom Jobim fizeram aquele que se tornou um dos melhores álbuns de jazz de todos os tempos, “Getz/Gilberto”. Com este álbum, a composição de Jobim “Garota de Ipanema” (na sua versão em inglês, “The Girl from Ipanema”) tornou-se um sucesso mundial, cantado em várias línguas e por cantores como Frank Sinatra, Nat King Cole e Ella Fitzgerald.
João Gilberto continuou a fazer espectáculos na década de 1960, não lançando porém outros trabalhos até 1968, ano em que gravou “Ela é Carioca”, durante o tempo em que residiu no México. O disco “João Gilberto” foi lançado em 1973 e apresentou uma sensibilidade musical quase mística.
Nos anos 1980 colaborou com Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia (criadores, em fins da década de 1960, do movimento conhecido como “Tropicália”). O CD “João Voz E Violão”, lançado em 2000, assinalou um retorno aos clássicos da bossa nova, como “Chega de Saudade” e “Desafinado”. Este disco, uma homenagem à música da sua juventude, foi produzido por Caetano Veloso.
A última das suas raras tournées aconteceu em 2008, no Brasil, em duas apresentações: no Auditório Ibirapuera em São Paulo, com todos os ingressos vendidos em aproximadamente uma hora; e no Rio de Janeiro, para uma apresentação no Theatro Municipal, em que aconteceu o mesmo. João Gilberto pediu para encerrar a tournée no Teatro Castro Alves, em Salvador, capital da sua Bahia, onde o sucesso foi repetido, com todo o público a acompanhá-lo em coro.
De personalidade perfeccionista, quase nevrótica, não tolera nos seus shows: celulares, cochichos na plateia, ar condicionado barulhento ou altifalantes mal regulados, tendo já abandonado alguns espectáculos por falta de silêncio. É considerado um génio e uma lenda viva da música popular brasileira.
A Bossa Nova é uma mistura do ritmo sincopado da percussão do samba, numa forma simplificada e ao mesmo tempo sofisticada, que pode ser tocada num violão sem acompanhamento adicional. Quanto à técnica vocal, ela consiste em cantar num tom de voz uniforme, com voz emitida sem vibrato, e com um fraseado disposto de forma única e não convencional (ora antes, ora depois da base rítmica), e de forma a eliminar o próprio ruído da respiração e outras imperfeições.
Apesar da fama granjeada com a recém-criada bossa nova, a sua primeira gravação lançada comercialmente foi uma participação como violonista, no disco de Elizeth Cardoso “Canção do Amor Demais”, composto por canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes (1958). Pouco depois desta gravação, João Gilberto gravou o seu primeiro disco, “Chega de Saudade”. A faixa-título, composta por Tom e Vinicius, foi um êxito no Brasil, lançando a carreira de João Gilberto e, por consequência, de todo o movimento da bossa nova. Este disco foi seguido de outros dois, em 1960 e 1961, nos quais ele apresentou músicas de uma nova geração de cantores e compositores. Por volta de 1962, a bossa nova tinha sido adoptada também por músicos de jazz norte-americanos. A convite de um deles (Stan Getz), João Gilberto e Tom Jobim fizeram aquele que se tornou um dos melhores álbuns de jazz de todos os tempos, “Getz/Gilberto”. Com este álbum, a composição de Jobim “Garota de Ipanema” (na sua versão em inglês, “The Girl from Ipanema”) tornou-se um sucesso mundial, cantado em várias línguas e por cantores como Frank Sinatra, Nat King Cole e Ella Fitzgerald.
João Gilberto continuou a fazer espectáculos na década de 1960, não lançando porém outros trabalhos até 1968, ano em que gravou “Ela é Carioca”, durante o tempo em que residiu no México. O disco “João Gilberto” foi lançado em 1973 e apresentou uma sensibilidade musical quase mística.
Nos anos 1980 colaborou com Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia (criadores, em fins da década de 1960, do movimento conhecido como “Tropicália”). O CD “João Voz E Violão”, lançado em 2000, assinalou um retorno aos clássicos da bossa nova, como “Chega de Saudade” e “Desafinado”. Este disco, uma homenagem à música da sua juventude, foi produzido por Caetano Veloso.
A última das suas raras tournées aconteceu em 2008, no Brasil, em duas apresentações: no Auditório Ibirapuera em São Paulo, com todos os ingressos vendidos em aproximadamente uma hora; e no Rio de Janeiro, para uma apresentação no Theatro Municipal, em que aconteceu o mesmo. João Gilberto pediu para encerrar a tournée no Teatro Castro Alves, em Salvador, capital da sua Bahia, onde o sucesso foi repetido, com todo o público a acompanhá-lo em coro.
De personalidade perfeccionista, quase nevrótica, não tolera nos seus shows: celulares, cochichos na plateia, ar condicionado barulhento ou altifalantes mal regulados, tendo já abandonado alguns espectáculos por falta de silêncio. É considerado um génio e uma lenda viva da música popular brasileira.
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