SONHO APÓS A MORTE
(soneto)
Conheci-te ainda muito menina
Era eu também um “dez reis” de gente
Tínhamos muitos anos pela frente,
Anos que escorrem como areia fina
Através de uma ampulheta assassina.
É tal a rapidez, que não se sente,
Mas o espelho da vida nunca mente
E a idade muito nos ensina.
Agora que já encontrei o norte,
Acabando o pesadelo medonho
De um certo medo que eu tinha da morte,
Agora finalmente até suponho
Que vai ser bem feliz a minha sorte
Vendo-te cintilar em cada sonho!
Gabriel de Sousa
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