sexta-feira, 18 de novembro de 2011




EFEMERIDE Alain Barrière, de seu verdadeiro nome Alain Bellec, cantor, autor e compositor francês, nasceu em Trinité-sur-Mer, no dia 18 de Novembro de 1935.


Estudou na École Nationale Supérieure d'Arts et Métiers em Angers. Ainda estudante, comprou uma guitarra e começou a escrever as primeiras canções. Formou-se em Engenharia em 1960. Partiu para Paris à procura de emprego e começou a cantar à noite em pequenos clubes nos arredores da cidade. Concorreu ao festival Coq d’or em 1961, com uma canção composta por si, “Cathy”, conquistando o 1º prémio e conseguindo um contrato com uma editora discográfica. Começou a lançar singles com regularidade.


Em 1962, apresentou-se no Olympia num programa de Colette Renard, onde interpretou cinco canções. Em 1963, a canção “Elle était si jolie” foi escolhida como representante da França no Festival Eurovisão da Canção que se realizou em Londres. Terminou a competição em 5º lugar, entre 16 participantes. A canção tornou-se no maior sucesso da sua carreira. Em Setembro, actuou novamente no Olympia num espectáculo de Paul Anka, interpretando dez canções. Continuou a apresentar-se regularmente nesta emblemática sala de espectáculos parisiense.


Em 1964, lançou o seu primeiro álbum, “Ma vie”, que obteve igualmente enorme sucesso. Em 1965, foi-lhe proposto um papel num heist thriller, “Pas de panique”, juntamente com Pierre Brasseur. Esta seria no entanto a sua única aventura no campo da representação. O auge da sua carreira, no final da década de 1960, fez dele uma das principais estrelas da música francesa daquele tempo.


Barrière ganhou a reputação de ter um temperamento difícil. Nos inícios da década de 1970, deixou a editora Barclay para criar ele próprio a Albatros. Conseguiu conquistar uma importante base de fãs, com os quais assegurava que as vendas e concertos continuassem a proporcionar-lhe uma vida desafogada, apesar de ser quase ignorado pela televisão e pela rádio. “Tu t'en vas”, que gravou em dueto com a cantora Noëlle Cordier em 1974, foi o terceiro single mais vendido em França.


Casou-se em 1975 e, juntamente com a esposa, abriu um clube nocturno num antigo castelo da Bretanha. Se bem que tivessem sucesso, surgiram problemas com o pagamento de impostos. Em 1977, ele e a família partiram para os Estados Unidos da América onde permaneceram durante quatro anos.


De regresso a França, fez várias tentativas para regressar à vida musical. Depois de outro período no estrangeiro, desta feita no Canadá, a família voltou à Bretanha. A sua carreira foi renovada com o lançamento, em 1997, de um CD com versões remasterizadas dos seus velhos êxitos. Pouco tempo depois, lançou um álbum com novas canções (“Barrière 97”) que também teve sucesso. Em 1998, deu um espectáculo na Salle Pleyel em Paris.


Em 2005 relançou de novo a sua actividade e, no ano seguinte, publicou a autobiografia “Ma vie”. Voltou ao Canadá para dar vários espectáculos e recebeu um Disco de Ouro. Em 2007 fez uma grande tournée pela França e publicou um novo disco.


Em Novembro de 2010 foi lançado “The Best of Alain Barrière”, um álbum com 53 composições. Em Julho de 2011 foi convidado para um espectáculo integrado na partida de uma etapa da Volta a França.


Em 5 de Setembro de 2011, anunciou que se via obrigado a finalizar a sua carreira, tendo mesmo de renunciar ao espectáculo de despedida previsto para cinco dias depois, no Palácio dos Congressos da sua terra natal. Tinha sido vítima de dois AVC e não conseguia manter-se muito tempo de pé.

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