EFEMÉRIDE – Joaquim Pereira Pimenta de Castro, general do exército e político português, nasceu em Pias, Monção, no dia 5 de Novembro de 1846. Morreu em Lisboa, em 14 de Maio de 1918.
Graduado em Matemática pela Universidade de Coimbra, iniciou a sua carreira militar em 1867. Atingiu o generalato em 1900 e, em 1908, foi nomeado comandante da 3ª Região Militar, sediada no Porto.
Após a proclamação da República em 5 de Outubro de 1910, foi Ministro da Guerra durante dois meses, em 1911, tendo-se demitido do cargo devido a uma das incursões monárquicas de Paiva Couceiro.
Na sequência da acção que ficou conhecida como o Movimento das Espadas, foi escolhido pelo Presidente Manuel de Arriaga para ser Presidente do Ministério (Primeiro Ministro) do Governo.
Pimenta de Castro não demonstrou grande capacidade para governar e contrariar a forte oposição que lhe foi movida por diversos partidos políticos. Acabou por optar pela via ditatorial, perseguindo os membros do Partido Republicano, liderado por Afonso Costa, e mandando encerrar o Parlamento, onde este tinha a maioria.
O seu governo, com o apoio do Partido Republicano Evolucionista, da União Republicana e ainda de facções militares conservadoras, ficou no poder de 28 de Janeiro a 14 de Maio de 1915.
Foi demitido por um movimento militar apoiado pelo Partido Republicano, que provocou igualmente a demissão do Presidente Manuel de Arriaga. Preso, foi forçado a exilar-se nos Açores.
Em Julho seguinte, alguns dos seus apoiantes ainda tentaram que ele fosse eleito deputado por Ponta Delgada, mas tal não se concretizou. A partir dessa data manteve-se afastado da política, tendo apenas escrito um livro (“A Afrontosa Ditadura”), com o qual tentou justificar a sua acção enquanto Chefe do Governo.
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