EFEMÉRIDE – Alexis-Félix Arvers, poeta e dramaturgo francês, mundialmente conhecido pelo poema “Soneto de Arvers”, que inspirou diversas traduções, peças e livros dedicados inteiramente a tentar desvendá-lo, morreu em Cézy no dia 7 de Novembro de 1850. Nascera em Paris, em 23 de Julho de 1806.
Filho de um negociante de vinhos, estudou Direito e trabalhou num notário. Abandonou porém esta carreira profissional, para se dedicar exclusivamente à literatura. Para ganhar a vida, fez representar várias das suas comédias ligeiras, um tipo de teatro muito procurado pela pequena burguesia parisiense. Estes sucessos permitiram-lhe levar uma existência de dândi, muito conhecido nas avenidas chiques e nos bastidores dos pequenos teatros. Frequentou o Cenáculo do Arsenal, onde se relacionou com vários escritores, entre eles Alfred de Musset.
O soneto que o celebrizou é considerado um das peças poéticas mais populares do seu século. Escreveu-o sem título, num álbum de Marie Mennessier-Nodier, filha do escritor Charles Nodier, causando grande polémica na época, com repercussões através de todo o mundo literário, motivadas pela extrema curiosidade em saber qual a musa que o teria inspirado.
Posteriormente, o poema foi incluído no livro “Minhas Horas Perdidas”, lançado em 1833. Traduzido para vários idiomas, destaca-se a tradução de Henry Wadsworth Longfellow para inglês e até uma tradução para esperanto.
Arvers escreveu diversas peças teatrais, mas nenhuma delas chegou até aos nossos dias, se bem que tenham sido famosas no seu tempo. O livro “Minhas Horas Perdidas” foi reeditado em 1900, acrescido de poesias inéditas.
Morreu aos 44 anos, vítima de uma doença na espinal-medula. Estava pobre, esquecido do público e roído pela solidão.
Num inquérito realizado em 1955 na rádio e TV francesas, entre 4 200 respostas sobre a preferência popular, o “Soneto de Arvers” recebeu 1 686 votos.
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