EFEMÉRIDE – Joaquim Alberto Chissano, político moçambicano, presidente do seu país de 1986 a 2005, nasceu em Malehice, na vila de Chibuto, província de Gaza, em 22 de Outubro de 1939.
Em 1951, foi o primeiro negro a matricular-se no Liceu Salazar (actual Escola Secundária Josina Machel), onde fez os estudos secundários.
Em 1960, partiu para Portugal a fim de cursar medicina, mas abandonou o país em 1961 devido à perseguição da polícia política portuguesa (PIDE). Integrou a Frelimo em 1963, associando-se à causa nacionalista e tornando-se seu representante em Paris, cidade onde prosseguiu os estudos.
Mais tarde, participou na guerrilha em território moçambicano até à Revolução dos Cravos em Portugal e ao consequente início do processo de descolonização.
Em 1974, após os Acordos de Lusaka, com apenas 35 anos de idade, tornou-se primeiro-ministro do Governo de Transição e, depois da proclamação da Independência de Moçambique (Junho de 1975), foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros.
Depois da morte do presidente Samora Machel em Outubro de 1986, Joaquim Chissano foi nomeado em sua substituição. Em 1994, tiveram lugar as primeiras eleições democráticas para a presidência, sob observação da ONU. Joaquim Chissano foi eleito presidente da República de Moçambique, cargo que manteve até 2005, depois de ter vencido também as segundas eleições multipartidárias em 1999. De Julho 2003 a Julho de 2004, foi presidente da União Africana. Em 2004, manifestou o desejo de não ser candidato às Presidenciais do ano seguinte, tendo a Frelimo escolhido Armando Guebuza em seu lugar. Guebuza foi eleito, face ao candidato da Renamo Afonso Dhlakama.
Em Outubro de 2005, Joaquim Chissano foi nomeado conselheiro da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento. É membro do comité de honra da Fundação Chirac, que iniciou a sua actividade em 2008 com acções em favor da paz no Mundo. É igualmente membro de honra da Fundação Sérgio Vieira de Mello. Dirige a Fundação Chissano, que se tem empenhado em projectos de desenvolvimento, implicando a participação activa das populações e a perspectiva de reconciliação de todos os moçambicanos.
Recebeu as seguintes condecorações portuguesas: Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique em Maio de 1984, o Grande Colar da mesma Ordem em Abril de 1990 e o Grande Colar da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada em Abril de 1997. Em Outubro de 2007, foi agraciado com o Prémio Mo Ibrahim destinado a estadistas africanos e que, nesse ano, foi atribuído pela primeira vez.
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