EFEMÉRIDE – Marie Laforêt, de seu verdadeiro nome Maïtèna Marie Brigitte Doumenach, cantora e actriz francesa, nasceu em Soulac-sur-Mer no dia 5 de Outubro de 1939. Vive deste 1978 em Genebra, possuindo também a nacionalidade suíça. Foi casada quatro vezes e tem três filhos.
Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, o pai esteve prisioneiro na Alemanha e a família passou muitas privações. Depois da guerra e do regresso do pai, em Maio de 1945, viveram em Valenciennes, onde Maïtèna fez a escolaridade no Liceu Feminino Watteau até ao 5ºano. Mudaram-se então para Paris, onde continuou os estudos no Liceu Jean de La Fontaine, começando a demonstrar o seu interesse pela representação teatral.
A sua carreira começou “por acaso”, depois de ter vencido o concurso “Nascimento de uma estrela”, organizado por Europa 1 em 1959. Com esta vitória, ganhou um papel no filme de Louis Malle, “Liberte”. Frequentou cursos de teatro. Entretanto, o projecto de Louis Malle foi abandonado e foi ao lado de Alain Delon que fez a sua estreia no cinema em “Plein soleil” de René Clément.
Seguiram-se vários filmes e, em 1961, casou-se com o realizador Jean-Gabriel Albicocco, que a escolheu como intérprete de duas das suas realizações, “La Fille aux yeux d'or” e “Le Rat d'Amérique”, esta última juntamente com Charles Aznavour.
Em Fevereiro de 1963, saiu o seu primeiro disco que marcaria a sua carreira para sempre (“Vendanges de l'amour”). Seguiram-se muitos outros sucessos.
No fim da década de 1960, encaminhou a sua carreira para canções mais pessoais e baseadas no folclore americano e europeu, uma espécie de world music de que foi uma pioneira em França. Seguiu-se, em 1969, um recital no Théâtre de la Ville e uma gravação ao vivo daquelas canções. O período situado entre 1968 e 1972 foi indubitavelmente o mais rico e autêntico no plano artístico, o que a levou a fazer shows no mundo inteiro.
Seguiu-se um período menos feliz da sua carreira. Instalou-se então em Genebra (1978), onde dirigiu um galeria de arte até 1981. Entretanto, em 1979, voltou ao cinema no filme “Flic ou voyou” ao lado de Jean-Paul Belmondo.
Após uma incursão pela literatura, com “Contes et légendes de ma vie privée”, Marie Laforêt dedicou-se mais ao cinema, sobretudo em França mas também em Itália. O seu papel mais importante foi no filme argentino “Tangos, o exílio de Gardel”, que obteve o Prémio do Júri em Veneza (1985).
Voltou à música em 1993, com um álbum em que assinou todos os textos. No mesmo ano, publicou uma compilação em 4 volumes dos seus trinta anos de carreira discográfica.
Nos anos 1990, prosseguiu os seus trabalhos no cinema e na música. Lançou em 1998 o álbum “Voyages au long cours”, com 17 inéditos gravados ao vivo quando de uma tournée mundial (1969/1970), onde cantou em inglês, espanhol, italiano, russo, romeno e francês.
A partir de 2000, representou em vários palcos de teatro, tanto em França como no estrangeiro, com assinalável êxito, participando igualmente em programas de televisão. Desde 2007, vários concertos e a despedida foram anunciados e depois anulados devido a problemas de saúde. Completa agora 73 anos de idade.
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