EFEMÉRIDE – Maria Armanda, fadista portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 4 de Outubro de 1942.
A sua carreira começou a ganhar projecção em 1967, ano em que participou na Grande Noite do Fado da Casa da Imprensa, gravando no ano seguinte o seu primeiro trabalho discográfico, o EP “O Meu Soldadinho”.
Por essa época, actuou igualmente nos Festivais de Espinho e da Figueira da Foz, ficando em 3º lugar neste último, interpretando o tema da autoria de António José e Ferrer Trindade, “Sombras da Madrugada” (1969).
O primeiro álbum surgiu em 1972, “Maria Armanda”, contendo fados inéditos de vários compositores.
Em 1979, estreou-se no teatro, no palco do Teatro Laura Alves em Lisboa, tendo recebido, 15 dias depois, convite para actuar no Parque Mayer. Mês e meio mais tarde, estava no Teatro Maria Vitória como atracção da revista “Rei, Capitão, Soldado, Ladrão”. Nos anos seguintes, participou em mais duas revistas, “Mais Vale Só Que Mal Acompanhada” e “Ó Patego Olha o Balão”. Voltaria ao teatro de revista em 2001, participando na peça “Tem a Palavra a Revista”.
Entre os seus primeiros êxitos no fado, salientam-se: “O Meu Soldadinho”, “Só Porque Desenhaste A Rosa Branca”, “Mulher De Qualquer Povo da Terra” e um dos seus maiores sucessos de sempre, “Mãe Solteira”, incluído no seu segundo LP, “Vai Um Fado Ou Um Fadinho?”, lançado em 1982 e que continha várias composições do poeta José Carlos Ary dos Santos.
Em 1984, o álbum “Pão Caseiro” foi lançado pela editora Valentim de Carvalho, contendo temas inéditos escritos por Ary dos Santos, que falecera no início desse ano. Todas as músicas do disco foram da responsabilidade de Nuno Nazareth Fernandes.
Esteve presente em espectáculos da Europália realizados na Bélgica, ao lado de Carlos do Carmo.
Já na década de 1990, saíram o seu terceiro e quarto álbuns, respectivamente “Simplesmente Maria Armanda” e “Pedrito de Portugal”.
A partir do ano 2000, Maria Armanda fez parte de um grupo com três outras fadistas (Alice Pires, Lenita Gentil e Teresa Tapadas), denominado Entre Vozes, que acabaria por editar 3 álbuns. Em 2001, publicou “Homenagem” que presta tributo a quatro fadistas falecidos: Max, Tristão da Silva, Francisco José e Vasco Rafael. Em 2002, seguiu-se “Homenagem II” que, para além de fazer uma primeira incursão pelas marchas populares através de composições de Raul Ferrão e Nóbrega e Sousa, homenageia quatro grandes fadistas desaparecidas: Amália Rodrigues, Hermínia Silva, Helena Tavares e Lucília do Carmo.
Em 2004, integrou um novo grupo de quatro fadistas, denominado “Quatro Cantos”, novamente com Teresa Tapadas mas agora com as vozes masculinas de António Pinto Basto e José da Câmara. O primeiro álbum saiu em 2004 e chamou-se “5 Décadas de Fado”, também editado em DVD, seguindo-se “Afinidades” em 2005 e o DVD “Do Presente ao Passado no Fado” em 2006.
Actuou regularmente em várias casas de fado, como o “Senhor Vinho”, o “Clube de Fado João da Praça” e o “Guitarras de Lisboa”, entre outras.
Sem comentários:
Enviar um comentário