EFEMÉRIDE
– Peter Seamus O’Toole, actor irlandês, morreu em Londres no dia
14 de Dezembro de 2013. Nascera em Connemara, em 2 de Agosto de 1932.
Durante a sua carreira foi nomeado oito vezes para os Oscars, ganhou
quatro Globos de Ouro, um BAFTA, um Emmy e foi distinguido
com um Oscar Honorário em 2003, pela globalidade do seu trabalho.
Estudou
numa escola católica no início da Segunda Guerra Mundial. Segundo disse
mais tarde, «tinha medo das freiras, pela sua negação de feminilidade, pelos
seus vestidos pretos e por raparem o cabelo».
Ao
sair da escola, O’Toole arranjou, aos catorze anos, um emprego num escritório
e, mais tarde, foi jornalista e fotógrafo estagiário num periódico de Leeds,
até ser chamado para o serviço militar na Royal Navy em 1950.
Em 1952,
obteve uma bolsa de estudos para a Royal Academy of Dramatic Art. Dois
anos depois, ingressou na prestigiada Royal Shakespeare Company, tendo
entrado em cerca de 60 peças de teatro, sobretudo de clássicos ingleses. Em
1956, representou também várias comédias musicais em Londres.
Apareceu
pela primeira vez no cinema em 1959, num pequeno papel. A sua consagração
chegaria ao interpretar T. E. Lawrence, no filme de David Lean “Lawrence da
Arábia” (1962), depois de Marlon Brando e Albert Finney terem recusado o
papel. Contracenou com Omar Sharif e as filmagens duraram dois anos. A sua
interpretação valeu-lhe a primeira nomeação para o Oscar de Melhor Actor.
O’Toole
interpretou depois grandes papéis, como o de Rei Henrique II da Inglaterra em “Becket”
(1964). Protagonizou também “Hamlet” sob a direcção de Laurence Olivier. Atingiu em 1970 a grande ambição da sua
vida, ao subir a um palco da capital irlandesa (Abbey Theatre) para interpretar
Samuel Beckett.
Em
1972, contracenou com Sophia Loren
na obra de Miguel de Cervantes “Man of La Mancha ”, numa adaptação cinematográfica de um
musical representado na Broadway em 1965.
Em
1959, casou-se com a actriz galesa Siân Phillips, com quem teve duas filhas.
Divorciaram-se vinte anos depois. Phillips revelaria mais tarde, em duas
autobiografias, que O’Toole a havia submetido a violência psicológica, em
grande parte por abusar do álcool e por ser muito ciumento. De um
relacionamento que teve posteriormente com a modelo Karen Brown, nasceu o seu
terceiro filho (1983).
Uma
doença grave quase o fez sucumbir em 1976, tendo sido operado para remoção do
pâncreas e grande parte do estômago. Em consequência da cirurgia, ficou
dependente de insulina. Em 1978, quase morreu de uma doença no sangue.
Recuperou e voltou sempre a trabalhar. Ganhou o Prémio Emmy, em 1999,
pelo seu papel na mini-série “Joan of Arc”. Peter O’Toole fez mais de
setenta filmes ao longo da sua vida. Residia em Clifden, no condado de Galway,
na Irlanda, desde 1963. No auge da sua carreira, chegou a manter casas em
Dublin, Londres e Paris.
No
início dos anos 1950, foi um activista contra os britânicos pelo seu
envolvimento na Guerra da Coreia. Mais tarde, na década de 1960,
foi um adversário activo da Guerra do Vietname.
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