EFEMÉRIDE
– Paulo Soares da Rocha, realizador de cinema português, nasceu no
Porto em 22 de Dezembro de 1935. Morreu em Vila Nova de Gaia no dia
29 de Dezembro de 2012.
Inspirado
pela Nova Vaga e pelo Neo-realismo, ele é considerado um dos
fundadores do movimento Novo Cinema em Portugal. Foi
dirigente cineclubista, após ingressar na Faculdade de Direito da Universidade
de Lisboa (1953).
Abandonou
os estudos de Direito, partindo para França em 1959. Em Paris,
frequentou – até 1962 – o Institut des Hautes Études Cinématographiques,
onde obteve o diploma de Realizador. Foi assistente de realização
estagiário de Jean Renoir, em “Le Caporal Épingle” (1962).
Voltou
a Portugal, trabalhando como assistente de Manoel de Oliveira em “Acto da
Primavera” (1963) e “A Caça” (1964), acabando por se estrear como
realizador com “Verdes Anos” (1962), um filme que é considerado uma obra
chave para o movimento do Novo Cinema português, a par de “Dom
Roberto” (1962) de Ernesto de Sousa.
Teve
também participações como actor em filmes de Jorge Silva Melo, Manoel de
Oliveira, João Canijo, Fernando Lopes e Raquel Freire.
Foi
director do Centro Português de Cinema, de 1973 a 1974. Entre 1975 e
1983, foi Adido Cultural da Embaixada de Portugal em Tóquio,
tendo estudado a vida e a obra de Wenceslau de Moraes, tema da sua
longa-metragem “A Ilha dos Amores” (1982), que foi apresentada no Festival
de Cannes.
Nos
anos 1990, realizou também dois documentários da série “Cineastas do
Nosso Tempo” consagrados a Manoel de Oliveira e a Shōhei Imamura.
Faleceu
aos 77 anos, no Hospital da Arrábida, em Vila Nova de Gaia, não
tendo resistido a um acidente vascular cerebral.
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