EFEMÉRIDE
– Leonardo José Coimbra, filósofo, professor e político português,
nasceu em Borba de Godim, Lixa, no dia 30 de Dezembro de 1883. Morreu no
Porto em 2 de Janeiro de 1936. Como ministro da Instrução Pública de um
dos governos de Primeira República Portuguesa, lançou as Universidades
Populares e a Faculdade de Letras do Porto. Como pensador, fundou o
movimento Renascença Portuguesa.
Aos
14 anos, deixou o Colégio de Nossa Senhora do Carmo, em Penafiel, para
se matricular na Escola Naval de Coimbra (1898). Em 1905, iniciou – na Academia
Politécnica do Porto – o Curso Superior de Letras, que concluiu em
Lisboa quatro anos depois, com média elevada.
Em
1907, fundou e dirigiu, com Jaime Cortesão, Cláudio Basto e Álvaro Pinto, a
revista “Nova Silva” (de orientação anarquista) e, no ano seguinte,
fundou a Sociedade dos Amigos do ABC, para combater o analfabetismo.
Constituiu depois, com Jaime Cortesão, Rodrigo Solano, Gil Ferreira e Correia
de Sousa, o grupo político-literário Nova Seara e fundou em 1912 a Renascença
Portuguesa, com as suas Universidades Populares, tendo por órgão
informativo a revista “Águia”. Em 1913, apresentou a sua tese “Criacionismo”
ao concurso para assistente de Filosofia e, no ano seguinte, começou a
sua carreira de político, filiando-se no Partido Republicano Português.
Em 1915, leccionou no Liceu Gil Vicente, em Lisboa. Colaborou
nas publicações periódicas “Serões” (1901/11), “Atlântida” (1915/20)
e “Contemporânea” (1915/26).
Foi por
duas vezes ministro de Instrução Pública (1919 e 1923), criou as Escolas
Primárias Superiores, reformou a Biblioteca Nacional, fundou a Faculdade
de Letras da Universidade do Porto (onde foi director e professor) e
defendeu – apesar de toda a polémica gerada – a liberdade do ensino religioso
nas escolas particulares fiscalizadas pelo Estado.
Foi
um dos maiores impulsionadores do Espiritismo em Portugal, tendo feito
parte da mesa do I Congresso Espírita Português, realizado em Lisboa em
Maio de 1925.
Incompatibilizando-se
com a facção tradicional do seu partido, que acabou por abandonar, devido à sua
defesa do ensino religioso particular, ingressou na Esquerda Democrática.
Converteu-se ao Catolicismo em 1935, vindo a falecer pouco tempo depois,
vítima de um acidente de automóvel.
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