EFEMÉRIDE
– José María Arguedas Altamirano, escritor e etnólogo peruano, morreu
em Lima no dia 2 de Dezembro de 1969. Nascera em Andahuaylas, em 18 de
Janeiro de 1911. Além de romancista, destacou-se igualmente pelas traduções que
fez da literatura quíchua e como estudioso do folclore e das tradições orais do
seu país. É uma das maiores figuras da literatura latino-americana do século
XX.
Quando
da morte de sua mãe, ficou a residir com a avó paternal. Foi vítima de
maus-tratos e era obrigado a dormir com os índios. Foi com eles que descobriu a
cultura e a língua quíchua.
Estudou
Letras e Etnologia na Universidade de San Marcos em Lima e
militou ao lado dos republicanos espanhóis. Passou cerca de um ano na prisão
por ter participado numa manifestação antifascista (1937/38).
Publicou
a sua primeira obra, a série de contos “Agua”, em 1935. Outras das suas
obras mais conhecidas são “Los ríos profundos” (1956), “Todas las
sangres” (1964) e “El zorro de arriba y el zorro de abajo” de 1971.
Arguedas
é o escritor dos encontros e desencontros de todas as raças e de todas as
pátrias, mas não foi uma testemunha passiva, não se limitou a “fotografar” e a
descrever o que via. Tomou partido. Na sua vida fez a opção de repelir a
violência e pôr-se sempre ao lado dos oprimidos.
Foi
também autor de numerosos poemas, escritos tanto em espanhol como em língua quíchua
e publicados postumamente sob o título “Katatay y otros poemas” (1972).
Sofrendo
de depressão nervosa, apesar de uma vida profissional e literária com grande
sucesso, veio a suicidar-se com um tiro aos 58 anos de idade.
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