sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

3 DE FEVEREIRO - SARAH KANE

EFEMÉRIDESarah Kane, dramaturga inglesa, nasceu em Brentwood (Essex) no dia 3 de Fevereiro de 1971. Morreu em Londres, em 20 de Fevereiro de 1999. A sua obra caracteriza-se pela profundidade psicológica dos personagens e por imagens agressivas e chocantes.
Sarah Kane estudou Teatro na Universidade de Bristol, especializando-se em Artes na Universidade de Birmingham.
Mel Kenyon ficou encantado com a sua peça “Blasted” (“Ruínas”), uma produção estudantil, e tornou-se seu agente. A partir daí, os seus trabalhos passaram a ser representados no Royal Court Theatre, sendo logo reconhecidos e encenados em todo o mundo.
Sarah utilizou o pseudónimo “Marie Kelvedon” para escrever “Crave”, criando uma pequena biografia para o seu alter-ego. Tal medida foi tomada como forma de fugir ao furor dos críticos que haviam mal reagido à peça “Blasted”, caracterizando-a como «repugnante e obscena» e de ser escrita por «uma adolescente suicidária e frustrada». No entanto, numerosos actores e escritores de renome tinham gostado da obra, entre eles o consagrado Harold Pinter.
Uma depressão fez com que a dramaturga fosse internada por duas vezes em hospitais psiquiátricos. Nesse período extremamente conturbado, escreveu “4.48 Psychosis”, a sua última peça e a mais radical. Numa narrativa densa, fragmentada, não linear, evidenciou uma mente conturbada, depressiva e esquizofrénica, à beira da loucura (segundo a trama desta obra, 4:48 seria a hora em que a maioria dos suicídios acontecem).
Este texto só foi publicado e encenado após a sua morte, no Royal Court Theatre, em Junho de 2000, sob a direcção de James MacDonalds, o mesmo que produzira “Blasted”.
A depressão fez com que Sarah Kane tentasse o suicídio sem sucesso com pílulas para dormir mas, em Fevereiro de 1999, a escritora enforcou-se numa casa de banho do London's King's College Hospital. Tinha apenas 28 anos.
Na actualidade, Sarah é considerada a maior dramaturga do final do século XX na Inglaterra, sendo as suas obras encenadas frequentemente por todo o mundo. Além de várias peças teatrais, escreveu o guião para o filme “Skin”.

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