Após ter terminado o ensino
básico, Manuel da Fonseca prosseguiu os seus estudos em Lisboa. Estudou no Colégio
Vasco da Gama, Liceu Camões, Escola Lusitânia e Escola de
Belas-Artes. Apesar de não ter sobressaído na
área das Belas-Artes, deixou alguns registos do seu traço, sobretudo nos retratos que fazia de alguns dos seus companheiros
de tertúlias lisboetas, como é o caso do de José
Cardoso Pires. Durante os períodos de interregno escolar,
aproveitava para regressar ao seu Alentejo de origem. Daí que o espaço de
eleição dos seus primeiros textos seja o Alentejo. Só mais tarde e a partir de “Um
Anjo no Trapézio” é que o espaço das suas obras
passa a ser a cidade de Lisboa.
Membro do Partido Comunista
Português (PCP), Manuel da Fonseca fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e é considerado por muitos como
um dos melhores escritores do Neo-realismo
português. Nas suas obras, carregadas de intervenção
social e política, relata como poucos a vida dura do Alentejo e dos
alentejanos.
A sua vida profissional foi muito
díspar, tendo-a exercido nos mais diferentes
sectores: comércio, indústria, revistas e agências
publicitárias, entre outros.
Era membro da Sociedade
Portuguesa de Escritores quando esta atribuiu o Grande Prémio da
Novelística a José Luandino Vieira e à sua obra “Luuanda”,
o que levou ao encerramento desta instituição e à detenção
de alguns dos seus membros na prisão de Caxias, entre os quais Manuel da
Fonseca.
Em 25 de Outubro de 1983, foi
agraciado com o grau de comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
Em sua homenagem, a Escola
Secundária de Santiago do Cacém denomina-se Escola Secundária Manuel da
Fonseca e as bibliotecas municipais de Castro Verde
e Santiago do Cacém, Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca.
Colaborou nos seguintes jornais e revistas: “Árvore”, “Vértice”, “O Diabo”, “O Diário”, “Seara Nova”, “A Capital” e “Atlântico”.
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