Embora tenha sido professor
primário ao longo da maior parte da sua carreira profissional, foi através da
sua obra literária e dos seus profundos valores humanistas, sempre presentes no
que escreveu e conduta pessoal, que obteve o reconhecimento
e consideração públicos.
Ganhou o prémio Nunes da Rosa,
da Secretaria Regional de Educação e Cultura, com a novela “Um Deus à
Beira da Loucura”, e foi por duas vezes vencedor do prémio Gaspar
Frutuoso, de Literatura, da Câmara Municipal da Ribeira Grande.
Primeiro com “Crónica do Despovoamento das Ilhas” e depois com “A
Terra Permitida”.
Tendo exercido alguns cargos
políticos, nomeadamente o de secretário Regional da Comunicação Social e
Desporto, na Junta Regional dos Açores, foi ainda deputado nas primeiras duas legislaturas da Assembleia
Legislativa Regional e vereador e deputado municipal na Ribeira Grande.
Entre as várias condecorações
recebidas, destacam-se as de oficial da Ordem do Infante D. Henrique (6
de Junho de 2008), a Insígnia Autonómica de Valor
e a Medalha Municipal de Mérito da Ribeira Grande.
Faleceu e 2013, m casa, vítima de
doença.
Fora quase
nómada até aos trinta anos. Uma vintena de mudanças de residência, com dois
quartéis em Portugal continental e dois seminários
em Espanha pelo meio.
Estudos divididos por Santa Maria
(4ª classe e 4º ano dos Liceus), Ribeira Grande (5º ano), Ponta Delgada (Magistério
Primário), Valência (Filosofia e Teologia)
e Granada (Teologia).
Casamento em 31 de Março de 1974,
com a rapariga mais bonita da Maia. Tiveram duas
filhas e um filho. E duas netas e um neto. Crónicas e artigos de jornal foram muito mais que um
milhar. Livros, bem contados, dezanove, que fizeram
mais sucesso, como “Ilha Grande Fechada”.
Aquele que
vários leitores consideram literariamente mais bem conseguido: “O Pastor
das Casas Mortas”. O que talvez fosse o primeiro que ser
salvo de um naufrágio: “E Deus Teve Medo de Ser Homem”. O que foi
escrito com maior sentimento: “Santa Maria, a
Ilha-Mãe”. Aquele que mais agradou ao povo da sua
terra: “Sobre a Verdade das Coisas”. Um
capítulo perfeito, segundo as suas ambições: o último, de “Terceira,
Terra de Bravos”. Tudo isto eram impressões de Daniel de Sá, expressas em
Abril de 2011.
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