quarta-feira, 2 de março de 2022

2 DE MARÇO - DANIEL DE SÁ

EFEMÉRIDE - Daniel Augusto Raposo de Sá, escritor português com vasta obra publicada, nasceu em Maia, Ribeira Grande, no dia 2 de Março de 1944. Morreu na mesma localidade em 27 de Maio de 2013. Ganhou diversos prémios, incluindo o Nunes da Rosa e o Gaspar Frutuoso.

Embora tenha sido professor primário ao longo da maior parte da sua carreira profissional, foi através da sua obra literária e dos seus profundos valores humanistas, sempre presentes no que escreveu e conduta pessoal, que obteve o reconhecimento e consideração públicos.

Ganhou o prémio Nunes da Rosa, da Secretaria Regional de Educação e Cultura, com a novela “Um Deus à Beira da Loucura”, e foi por duas vezes vencedor do prémio Gaspar Frutuoso, de Literatura, da Câmara Municipal da Ribeira Grande. Primeiro com “Crónica do Despovoamento das Ilhas” e depois com “A Terra Permitida”.

Tendo exercido alguns cargos políticos, nomeadamente o de secretário Regional da Comunicação Social e Desporto, na Junta Regional dos Açores, foi ainda deputado nas primeiras duas legislaturas da Assembleia Legislativa Regional e vereador e deputado municipal na Ribeira Grande.

Entre as várias condecorações recebidas, destacam-se as de oficial da Ordem do Infante D. Henrique (6 de Junho de 2008), a Insígnia Autonómica de Valor e a Medalha Municipal de Mérito da Ribeira Grande.

Faleceu e 2013, m casa, vítima de doença.

Fora quase nómada até aos trinta anos. Uma vintena de mudanças de residência, com dois quartéis em Portugal continental e dois seminários em Espanha pelo meio.

Estudos divididos por Santa Maria (4ª classe e 4º ano dos Liceus), Ribeira Grande (5º ano), Ponta Delgada (Magistério Primário), Valência (Filosofia e Teologia) e Granada (Teologia).

Casamento em 31 de Março de 1974, com a rapariga mais bonita da Maia. Tiveram duas filhas e um filho. E duas netas e um neto. Crónicas e artigos de jornal foram muito mais que um milhar. Livros, bem contados, dezanove, que fizeram mais sucesso, como “Ilha Grande Fechada”.

Aquele que vários leitores consideram literariamente mais bem conseguido: “O Pastor das Casas Mortas”. O que talvez fosse o primeiro que ser salvo de um naufrágio: E Deus Teve Medo de Ser Homem”. O que foi escrito com maior sentimento: “Santa Maria, a Ilha-Mãe”. Aquele que mais agradou ao povo da sua terra: “Sobre a Verdade das Coisas”. Um capítulo perfeito, segundo as suas ambições: o último, de “Terceira, Terra de Bravos”. Tudo isto eram impressões de Daniel de Sá, expressas em Abril de 2011.

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