Lovell combateu na Guerra da
Coreia servindo na aviação naval americana e assumindo a função de piloto
de testes após a guerra. Em 1962, foi seleccionado para a equipa de astronautas
da NASA e enviado pela primeira vez ao espaço como piloto de missão Gemini
VII, para o primeiro encontro espacial com outra nave, a Gemini VI A;
em 1966, fez o seu segundo voo, como comandante da Gemini XII, a última
missão do projecto Gemini, junto com o astronauta Edwin “Buzz”
Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua.
Em Dezembro de 1968, James Lovell
fez parte da primeira tripulação a entrar em órbita da Lua na Apollo 8,
juntamente com Frank Borman e William Anders e, em 1970, partiu na viagem que o
tornaria famoso em todo o planeta.
Em 11 de Abril de 1970, Lovell,
Fred Haise e John Swigert partiram para a Lua na missão Apollo 13, com o
objectivo de realizarem o terceiro pouso lunar, na região conhecida como Fra Mauro. Entretanto, durante a viagem de ida,
o tanque de oxigénio da espaçonave explodiu, fazendo com que a tripulação
perdesse grande parte da energia, oxigénio e água da
nave.
Enquanto o mundo acompanhava em
suspense durante quatro longos dias, Lovell e a tripulação da Apollo 13
cancelaram o pouso e passaram a lutar pelas suas vidas junto
com a equipa de terra no Centro Espacial Lyndon Johnson, em Houston, racionando todo o seu suprimento de sobrevivência a
bordo, fazendo uma volta em torno da Lua e conseguindo regressar sãos e salvos
à Terra apesar de toda a adversidade. Com este acidente na Apollo 13 e
depois de fazer parte da tripulação da Apollo 8, Jim Lovell tornou-se o
único astronauta a ir à Lua duas vezes sem nunca
conseguir pisar nela.
Os seus quatro voos espaciais, na
Gemini e na Apollo, fizeram dele o recordista em tempo passado no
espaço, antes das estações espaciais, num total de 715 horas.
Em
parceria com o escritor Jeffrey Kluger, Jim Lovell escreveu o livro sobre a
suas experiências na missão Apollo 13, “Lost Moon: The Perilous
Voyage of Apollo 13”, e foi baseado nele que o realizador
Ron Howard fez o filme de sucesso mundial.
No filme, ele - que foi retratado por Tom Hanks, mas
preferia ter sido representado por Kevin Costner, com
quem se achava muito mais parecido na juventude - faz
uma pequena ponta como comandante do porta-aviões USS Iwo Jima, usado no resgate real do mar da cápsula espacial, quando
de seu retorno à Terra.
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