De entre todos os músicos de jazz
portugueses, ele é, possivelmente, aquele que alcançou maior projecção na
Europa. A sua actividade estende-se a vários países, da Ásia e Europa,
incluindo Portugal, onde se apresenta e grava com alguma regularidade, e
contabilizando colaborações com vários músicos da cena internacional.
Carlos Bica estudou na Academia
dos Amadores de Música em Lisboa e no Conservatório Nacional de Lisboa.
Durante os estudos, foi membro da Orquestra de Câmara de Lisboa,
representando Portugal em vários festivais internacionais. Em 1982, prosseguiu
os estudos na Hochschule für Musik em Würzburg. Foi “Músico do Ano”,
em Portugal, em 1998. Tocou nos mais importantes festivais de jazz na Europa,
Canadá e Ásia.
Desde 1985, trabalhou - durante
vários anos - com a vocalista Maria João, de que resultaram os álbuns “Conversa”
e “Sol” - uma cooperação que lhe permitiu estabelecer-se na cena
internacional. Também trabalhou com os cantores de fado Carlos do Carmo e
Camané, bem como com José Mário Branco, Pedro Caldeira Cabral e Janita Salomé.
Criou, em 1989, com José Peixoto
o grupo Cal Viva.
Desde 1994, vive em Berlim. Com
Frank Möbus (guitarrista) e Jim Black (baterista), fundou o trio Azul,
com o qual editou sete álbuns e realizou inúmeras tournées internacionais.
Na Expo 98 em Lisboa,
apresentou o projecto Diz, com a actriz e cantora Ana Brandão, que
ultrapassou as fronteiras entre fado, canção, música de teatro, música
clássica, jazz e improvisação.
Bica também tocou no trio de João
Paulo Esteves da Silva juntamente com Peter Epstein e no trio Essência
com Gebhard Ullmann e Sylvie Courvoisier.
O seu espectáculo de contrabaixo
a solo, eme 2005, foi publicado no álbum “Single”.
É membro do grupo Tango Toy
de Paul Brody, colaborou com Sven Klammer e Kalle Kalima, e também com Kristiina
Tuomi.
Adicionalmente, ao longo da
carreira, trabalhou com músicos como Ray Anderson, Kenny Wheeler, Aki Takase,
Paolo Fresu, Julian Argüelles, Steve Argüelles, Lee Konitz, Mário Laginha,
Matthias Schubert, Markus Stockhausen, António Pinho Vargas e Alexander von
Schlippenbach, entre outros.
Carlos Bica compôs também para
várias produções de teatro, dança e cinema.
O álbum “Azul” com Frank
Möbus e Jim Black, foi eleito em 1996 Álbum de Jazz do Ano, em Portugal,
pelo programa Cinco Minutos de Jazz da Antena 1.
Carlos Bica foi eleito em 1998 Músico
de Jazz do Ano em Portugal.
O álbum “Diz” com Ana
Brandão e o projecto Diz receberam o prémio de Melhor Disco Do Ano
da Antena 1/ Cinco minutos de Jazz.
Carlos Bica foi distinguido com o
Prémio Carlos Paredes 2011, pelo álbum “Matéria-Prima” editado em
2010 pela editora Clean Feed Records.
O júri constituído pelos mais
relevantes críticos portugueses de Jazz, elegeu Carlos Bica como Músico do Ano
e o seu novo álbum “More Than This” com o trio Azul, como o Melhor
Álbum de Jazz de 2016.
No âmbito da primeira edição dos Prémios
RTP/Festa do Jazz, o grupo Carlos Bica & Azul foi eleito em 2017
vencedor na categoria Prémio Grupo do Ano.
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