Filha do dr. Afonso Patrício de
Gouveia, comendador da Ordem do Infante D. Henrique em 31 de Maio de
1973, e de sua esposa Maria Madalena d’Orey Ferreira Pinto Basto, bisneta de um
alemão e descendente de ingleses, trineta do 1º visconde de Atouguia e
sobrinha-bisneta do 1º visconde de São Torquato, é a irmã mais velha de António
Patrício Gouveia e Alexandre Patrício Gouveia, prima em segundo grau de
Francisco Pinto Balsemão e prima em terceiro grau de António Capucho.
Licenciada em História,
pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi bibliotecária
do Instituto Italiano de Cultura, até ingressar como técnica superior na
Secretaria de Estado da Cultura. Aqui exerceu funções directivas no Gabinete
Coordenador das Actividades Culturais Externas, entre 1977 e 1980, e
chefiou o Gabinete das Relações Culturais e Internacionais do Ministério
da Cultura, até 1982.
Entre 1982 e 1985, foi
directora-geral do Ministério da Cultura. No último desses anos foi
chamada para o primeiro governo de Aníbal Cavaco Silva, exercendo o cargo de secretária
de Estado da Cultura.
Em 1987, foi eleita deputada à Assembleia
da República, pelo Partido Social-Democrata e exerce o cargo de secretária
de Estado da Cultura até 1990.
Em 10 de Junho de 1990, foi feita
grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Regressou ao governo em
1991, desta vez como secretária de Estado do Ambiente. A nomeação fê-la
abandonar a função de administradora da Bertrand Livreiros, para a qual
fora nomeada em 1990.
Entre 1993 e 1995, assumiu o
cargo de ministra do Ambiente e dos Recursos Naturais no XI Governo
Constitucional, sucedendo a Carlos Borrego. Posteriormente, regressou à Assembleia
da República, sendo reeleita deputada em 1995, 1999 e 2002, ao mesmo tempo
que exerceu funções na Fundação Serralves (que ajudou a fundar enquanto secretária
de Estado da Cultura), como administradora, de 1997 a 2000, e
presidente, de 2001 a 2003.
Em 6 de Março de 1998 foi elevada
a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2003, após a demissão de
António Martins da Cruz, ingressou no governo de Durão Barroso e Paulo Portas,
como ministra dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas,
cargo que exerceu até à indigitação de Santana Lopes como primeiro-ministro, em
2004.
De 2004 a 2012, foi
administradora da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 4 de Outubro de 2004,
foi agraciada com a grã-cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Teresa Gouveia casou em 4 de
Agosto de 1971 com o poeta Alexandre O’Neill, do qual tem um filho, Afonso
Gouveia O’Neill, nascido em 28 de Maio de 1976, casado com Eva Gordon Maple
Lafite, com dois filhos.
Foi galardoada por vários outros
países: grã-cruz da Ordem de Honra da Grécia (1990); grã-cruz da
Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil (1992); grã-cruz da Ordem do
Mérito Real da Noruega (2004); e grande-oficial da Ordem Nacional da
Legião de Honra de França (2016).
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