Licenciou-se em Farmácia,
em 1937, na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais,
sendo reconhecida em âmbito nacional e internacional pela sua actuação
política.
Helena Greco foi a primeira
vereadora eleita da capital mineira, nas eleições de 1982, e uma das fundadoras
do Partido dos Trabalhadores na cidade. Exerceu dois mandatos, de 1982 a
1992. Já tinha sessenta anos quando se juntou aos movimentos comunistas contra
o regime militar. Fundou e dirigiu o Movimento Feminino pela Amnistia,
em Minas Gerais.
Teve participação activa em
praticamente todos os movimentos e lutas que envolvem o binómio direitos
humanos e cidadania. Foi idealizadora e criadora de várias entidades - entre
elas, a Coordenadora de Direitos Humanos
e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte, o Conselho
Municipal dos direitos da Mulher, o Fórum Permanente de Luta pelos
Direitos Humanos de Belo Horizonte, o Grupo de Trabalho Contra o
Trabalho Infantil e o Movimento Tortura Nunca Mais.
Em 2002, foi homenageada pela Universidade
Federal de Minas Gerais, por indicação da Faculdade de Farmácia, com
a Medalha de Honra, no âmbito do Programa Sempre UFMG.
D. Helena era mãe do professor Dirceu Greco, da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas Gerais.
Recebeu prémios e distinções na
sua grande maioria de cunho político, entre os quais a Medalha Chico Mendes de Resistência (1995), Prémio Cidadania Mundial (1999) e Prémio
“Che” Guevara (2002). Além disso, foi designada para receber o Prémio
Estadual de Direitos Humanos, em 1998.
A volta dos exilados e a
segurança dos terroristas tornaram-se a preocupação de todos os seus dias.
Escapou de um atentado à bomba e de uma série de ameaças à sua integridade
física. Com o fim do Regime Militar, Helena continuou com a sua posição
de esquerda. Participou activamente do Grupo Tortura Nunca Mais.
Elegeu-se vereadora e criou a primeira Comissão Permanente de Direitos
Humanos na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
No dia 2 de Maio de 2014, a Câmara
de Vereadores de Belo Horizonte modificou o nome do Elevado Castelo
Branco que passou a chamar-se Viaduto Dona Helena Greco. A mudança
de nome foi uma iniciativa do então vereador Tarcício Caixeta (PT).
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