EFEMÉRIDE – Kim Philby, de seu verdadeiro nome Harold Adrian Russell Philby, membro de topo da hierarquia dos serviços secretos ingleses mas que espionava também para a União Soviética, nasceu em Ambala, Índia, no dia 1 de Janeiro de 1912. Faleceu em Moscovo, em 11 de Maio de 1988, vítima de crise cardíaca.
Nasceu na Índia, que na época era ainda uma colónia britânica e onde o pai servia como magistrado. Ganhou a alcunha de “Kim”, porque - tal como o herói do romance de Rudyard Kipling - começou a falar punjabi, a língua local, antes do inglês.
Entrou para os serviços secretos soviéticos em 1933, depois de ter estudado na Westminster Public School e no Trinity College, em Cambridge, instituições que recebiam os filhos da elite britânica. Estudava Economia e História. Foi recrutado quando estava na universidade, juntamente com mais quatro colegas, que ficaram conhecidos como “Os 5 de Cambridge”.
Conforme revelaria em entrevista, no ano da sua morte, Philby e os seus colegas acreditavam que as democracias ocidentais não tinham condições de se opor ao nazi-fascismo. Na opinião deles, somente o comunismo era forte suficientemente para o enfrentar.
Através do jornalismo, ingressou no Serviço Secreto de Inteligência Inglês (SIS-M16) e, sob a cobertura da sua profissão (enviado do “Times”), espionou para os ingleses em Espanha, no período da Guerra Civil (1936-1939). Foi ferido e condecorado pessoalmente por Franco.
Em 1944, estabeleceu e chefiou o serviço de contra-espionagem para descobrir agentes soviéticos em solo inglês, portanto foi designado para se descobrir a si próprio. Passou para os soviéticos os planos dos aliados para subverter os governos comunistas no Leste europeu durante o período da Guerra-fria, permitindo que o governo de Moscovo neutralizasse as operações. O governo britânico, no entanto, considerava-o um funcionário exemplar e agraciou-o com a sua mais importante condecoração, a Ordem do Império Britânico.
Enviado para os Estados Unidos em 1949, passou a chefiar ali a delegação dos serviços secretos britânicos e serviu de oficial de ligação com o FBI e a recentemente criada CIA. Com esta última chegou a trabalhar directamente.
Em 1951, a deserção de dois dos seus colegas de Cambridge para a Rússia tornou-o alvo de suspeitas. Mesmo submetido a intenso interrogatório, nada revelou a seu respeito mas, apesar disso, foi afastado do SIS. Foi para o Líbano, como correspondente do “Observer” e depois do “The Economist”. Cobriu a crise do Suez em 1956 e actuava como espião freelancer, sob a cobertura da sua profissão de jornalista.
Em 1963, um desertor do KGB ofereceu evidências contra Philby. Agentes do SIS viajaram até ao Líbano para o fazer confessar, mas Philby despistou-os e embarcou num avião cargueiro com destino a Moscovo. Era o fim de uma carreira de mais de 30 anos como agente duplo.
Foi recebido inicialmente com desconfiança, pois Moscovo duvidava também da sua lealdade, observando que as suas informações eram «boas demais». No início dos anos 1980 obteve a cidadania soviética e foi admitido como consultor do KGB. Foram-lhe concedidas diversas honrarias e prémios. Em 1990 foi posto em circulação um selo postal com a sua efígie.
Contou a história da sua vida como agente duplo no livro “Minha Guerra Silenciosa”, que teve prefácio de Graham Greene, com quem trabalhara durante a Segunda Guerra Mundial.
Nasceu na Índia, que na época era ainda uma colónia britânica e onde o pai servia como magistrado. Ganhou a alcunha de “Kim”, porque - tal como o herói do romance de Rudyard Kipling - começou a falar punjabi, a língua local, antes do inglês.
Entrou para os serviços secretos soviéticos em 1933, depois de ter estudado na Westminster Public School e no Trinity College, em Cambridge, instituições que recebiam os filhos da elite britânica. Estudava Economia e História. Foi recrutado quando estava na universidade, juntamente com mais quatro colegas, que ficaram conhecidos como “Os 5 de Cambridge”.
Conforme revelaria em entrevista, no ano da sua morte, Philby e os seus colegas acreditavam que as democracias ocidentais não tinham condições de se opor ao nazi-fascismo. Na opinião deles, somente o comunismo era forte suficientemente para o enfrentar.
Através do jornalismo, ingressou no Serviço Secreto de Inteligência Inglês (SIS-M16) e, sob a cobertura da sua profissão (enviado do “Times”), espionou para os ingleses em Espanha, no período da Guerra Civil (1936-1939). Foi ferido e condecorado pessoalmente por Franco.
Em 1944, estabeleceu e chefiou o serviço de contra-espionagem para descobrir agentes soviéticos em solo inglês, portanto foi designado para se descobrir a si próprio. Passou para os soviéticos os planos dos aliados para subverter os governos comunistas no Leste europeu durante o período da Guerra-fria, permitindo que o governo de Moscovo neutralizasse as operações. O governo britânico, no entanto, considerava-o um funcionário exemplar e agraciou-o com a sua mais importante condecoração, a Ordem do Império Britânico.
Enviado para os Estados Unidos em 1949, passou a chefiar ali a delegação dos serviços secretos britânicos e serviu de oficial de ligação com o FBI e a recentemente criada CIA. Com esta última chegou a trabalhar directamente.
Em 1951, a deserção de dois dos seus colegas de Cambridge para a Rússia tornou-o alvo de suspeitas. Mesmo submetido a intenso interrogatório, nada revelou a seu respeito mas, apesar disso, foi afastado do SIS. Foi para o Líbano, como correspondente do “Observer” e depois do “The Economist”. Cobriu a crise do Suez em 1956 e actuava como espião freelancer, sob a cobertura da sua profissão de jornalista.
Em 1963, um desertor do KGB ofereceu evidências contra Philby. Agentes do SIS viajaram até ao Líbano para o fazer confessar, mas Philby despistou-os e embarcou num avião cargueiro com destino a Moscovo. Era o fim de uma carreira de mais de 30 anos como agente duplo.
Foi recebido inicialmente com desconfiança, pois Moscovo duvidava também da sua lealdade, observando que as suas informações eram «boas demais». No início dos anos 1980 obteve a cidadania soviética e foi admitido como consultor do KGB. Foram-lhe concedidas diversas honrarias e prémios. Em 1990 foi posto em circulação um selo postal com a sua efígie.
Contou a história da sua vida como agente duplo no livro “Minha Guerra Silenciosa”, que teve prefácio de Graham Greene, com quem trabalhara durante a Segunda Guerra Mundial.
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