EFEMÉRIDE – Helena Kolody, professora e poetisa brasileira, nasceu em Cruz Machado, Paraná, em 12 de Outubro de 1912. Morreu em Curitiba no dia 15 de Fevereiro de 2004.
Os pais eram imigrantes ucranianos, mas só se conheceram no Brasil. Helena passou parte da infância na cidade de Rio Negro, onde fez os primeiros estudos. Estudou piano e pintura e, aos doze anos, iniciou-se na poesia.
O seu primeiro poema publicado foi “A Lágrima”, quando tinha 16 anos. A divulgação dos seus trabalhos era feita através da revista “Marinha”, de Paranaguá.
Aos 20 anos iniciou a carreira de professora do ensino médio e de inspectora de escolas públicas. Leccionou no Instituto de Educação de Curitiba durante 23 anos. Segundo o que consta no seu livro “Viagem no Espelho”, foi ainda professora na Escola de Professores da cidade de Jacarezinho, onde ensinou durante vários anos.
O seu primeiro livro, “Paisagem Interior”, foi editado em 1941 e dedicado ao pai, que falecera dois meses antes da publicação.
Helena tornou-se uma das poetisas mais importantes do Paraná, praticando principalmente o haicai, que é uma forma poética de origem japonesa, cuja característica é a concisão – a arte de exprimir o máximo de ideias com o mínimo de palavras. Foi a primeira mulher a publicar haicais no Brasil (1941).
Foi admirada por poetas brasileiros como Carlos Drummond de Andrade e Paulo Leminski, tendo mantido com este último uma grande relação de amizade pessoal e literária.
Entre as distinções recebidas, salientam-se: Diploma de Mérito Literário da Prefeitura de Curitiba (1985); Cidadã Honorária de Curitiba (1987); criação do Concurso Nacional de Poesia Helena Kolody (1988) realizado anualmente pela Secretaria da Cultura do Paraná em sua homenagem; eleição para a Academia Paranaense de Letras (1991); Exposição em homenagem aos seus 90 anos, na Biblioteca Pública do Paraná (2002); e Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Federal do Paraná (2003).
O filme “A Babel de Luz” (1992), do cineasta Sylvio Back, homenageou os oitenta anos da poetisa e recebeu os prémios de Melhor Curta-metragem e Melhor Montagem no 25° Festival de Brasília.
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