EFEMÉRIDE – André Marie de Chénier, poeta francês, ligado aos eventos da Revolução Francesa, nasceu em Gálata (hoje Istambul) no dia 30 de Outubro de 1762. Foi guilhotinado em Paris, em 25 de Julho de 1794.
Filho de pai francês e de mãe grega, passou parte de sua vida em Carcassone, no Sul de França. Ainda adolescente, começou a traduzir poetas gregos e a entusiasmar-se pela poesia clássica. A sua obra, que marca o regresso ao helenismo, só seria publicada em 1819.
Em França, frequentava círculos literários e salões aristocráticos. Foi secretário da Embaixada Francesa em Londres de 1787 a 1790. Participou no movimento revolucionário, inicialmente com entusiasmo e mais tarde à distância. Foi autor do “Journal de la Société” que teve quinze edições (1789). A partir de 1791, colaborou no órgão constitucional “Journal de Paris”, condenando os “excessos” da Revolução.
Preocupado com a sua segurança, saiu de Paris mas recusou-se a emigrar, voltando à capital para tentar evitar a condenação ao cadafalso de Luís XVI.
Em Março de 1794 foi preso. Envolvido numa falsa conspiração, que permitiu a execução de suspeitos sem audiência, foi condenado à morte pelo Tribunal Revolucionário sob a alegação de esconder «papéis do embaixador espanhol, documentação que comprovaria a extensa corrupção junto da Assembleia, para livrar o Rei da execução». Foi executado dois dias antes da prisão de Robespierre e enterrado numa vala comum juntamente com milhares de vítimas do “Terror”.
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