EFEMÉRIDE – Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas, escritora, tradutora, jornalista e activista política portuguesa, nasceu em Torres Novas no dia 6 de Outubro de 1893. Morreu em Lisboa, em 6 de Dezembro de 1983, com noventa anos de idade.
Iniciou os estudos na sua terra natal, onde viveu até aos dez anos, estando depois em Luanda até 1913.
Durante uma viagem a Paris, conheceu Marguerite Yourcenar, de quem traduziria mais tarde, para português, o livro “Memórias de Adriano”. Traduziu igualmente obras da Condessa de Ségur e de Charles Dickens, entre outros.
Estreou-se na literatura com o livro de poesia “Humildes” em 1923, a que se seguiram vários romances, livros infantis, obras de temática feminina, etc.. Nas suas obras utilizou diversos pseudónimos dos quais os mais conhecidos são “Maria Fonseca”, “Serrana d’Ayre” e “Rosa Silvestre”.
Como jornalista, trabalhou em vários jornais e revistas como “A Joaninha”, “A Voz”, “Correio da Manhã”, suplemento do jornal “O Século” intitulado “Modas e Bordados” e na revista “Mulheres”, da qual foi directora.
Em 1946 participou no congresso que daria origem à Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM). Em 1947 foi presidente da direcção do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas.
Fez parte da direcção do MUD, combatendo o regime fascista de Salazar. Participou diversas vezes nos Congressos Mundiais da Paz.
Em 1949 esteve presa no Forte de Caxias, onde foi mantida incomunicável durante meses, sendo depois libertada e posteriormente presa por mais duas vezes. Em 1958 esteve em Copenhaga no Congresso Internacional de Mulheres. Entre 1962 e 1969, exilou-se em Paris.
Filiou-se no Partido Comunista Português depois do 25 de Abril de 1974. Em 1975 participou em Berlim no VII Congresso da FDIM. Recebeu a Ordem da Liberdade e foi Presidente Honorária do Movimento Democrático das Mulheres (MDM).
Em Torres Novas, onde nasceu, foi dado o seu nome à Escola Industrial de Torres Novas, na comemoração dos 50 anos da sua existência, passando a designar-se Escola Secundária Maria Lamas.
Sem comentários:
Enviar um comentário