EFEMÉRIDE – Manuel de Oliveira Gomes da Costa, militar e político português, décimo Presidente da República e o segundo da ditadura militar que precedeu o Estado Novo, morreu em Lisboa no dia 17 de Dezembro de 1929. Nascera, também na capital portuguesa, em 14 de Janeiro de 1863.
Enquanto militar, destacou-se nas “campanhas de pacificação” das colónias, em África e na Índia, e ainda na I Grande Guerra Mundial.
Enquanto político, foi o líder que a direita conservadora encontrou para liderar a Revolução de 28 de Maio de 1926, com início em Braga (isto após a morte do general Alves Roçadas, que deveria ter sido o seu chefe).
Não assumiu de início o poder, que foi confiado a Mendes Cabeçadas, o líder dos revoltosos em Lisboa. Como os revolucionários achassem, no entanto, a atitude deste um pouco frouxa, Gomes da Costa viria a alcançar o poder, após sucessivas reuniões conspirativas mantidas no quartel-general de Sacavém, após um golpe ocorrido em 17 de Junho de 1926. O seu Governo não durou, porém, muito mais tempo que o de Mendes Cabeçadas. Em 9 de Julho do mesmo ano, uma nova contra-revolução, chefiada pelo general Óscar Carmona, derrubou Gomes da Costa, incapaz de lidar com os dossiers governativos.
Carmona, empossado como Presidente, enviou-o para o exílio nos Açores, fazendo-o marechal do exército português. Em Setembro de 1927, regressou ao continente, falecendo dois anos depois em condições miseráveis, sozinho e pobre.
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