EFEMÉRIDE – Michel Piccoli, actor de cinema e teatro, produtor, realizador e cenarista francês, nasceu em Paris no dia 27 de Dezembro de 1925.
Originário de uma família de imigrantes italianos, a mãe era pianista e o pai violinista. Após estudos de interpretação, trabalhou em muitos palcos parisienses e foi, durante algum tempo, director do Théâtre Babylone.
Casou-se três vezes, primeiro com Éléonore Hirt, depois com a cantora Juliette Gréco (onze anos) e, finalmente, com Ludivine Clerc.
Faz parte da história do cinema, com interpretações brilhantes em filmes como “Le Mépris” (1963, Jean-Luc Godard) e “Belle de jour” (1967, Luis Buñuel).
Tornou-se o actor preferido de Claude Sautet e de Luis Buñuel, mantendo uma longa camaradagem com o segundo. Participou em seis filmes realizados pelo cineasta espanhol, entre os quais obras tão importantes como: “Le journal d'une femme de chambre”, “Belle de jour” e “Le Charme discret de la bourgeoisie”. Paralelamente, consolidou a sua notoriedade no início dos anos de 1960, representando na televisão: “Les Joueurs”, “Montserrat” e “Don Juan”.
Durante a década de 1980, ganhou o Prémio de Interpretação no Festival de Cannes (1980), o Urso de Prata no Festival de Berlim (1982) e o Prémio da Crítica para o Melhor Comediante (1984). Além dos já citados Jean-Luc Godard e Luis de Buñuel, trabalhou igualmente com Jean Renoir, René Clair, Alain Resnais, Claude Chabrol, Louis Malle, Costa-Gavras, Marco Ferreri, Alfred Hitchcock, Jerzy Skolimowski, Ettore Scola, Marco Bellocchio, Manoel de Oliveira, Theo Angelopoulos, Nanni Moretti, Youssef Chahine, Raoul Ruiz, etc.
Simpatizante e activista de esquerda, membro do Movimento pela Paz, destacou-se sempre pelas suas posições contra a Frente Nacional, um partido político francês de extrema-direita. Militou também na Amnistia Internacional. Em Março de 2007, assinou uma petição, juntamente com 150 intelectuais franceses, pedindo o voto em Ségolène Royal, «contra uma direita da arrogância e por uma esquerda da esperança». Continuou sempre fiel ao Partido Socialista Francês, desde que apoiou François Mitterrand em 1981.
Em Maio de 2009 assinou, com Juliette Gréco, Maxime Le Forestier e Pierre Arditi, uma carta aberta endereçada a Martine Aubry, primeira secretária do Partido Socialista, pedindo que os deputados socialistas votassem a lei sobre “Criação e Internet”.
Fez parte do júri do 60º Festival de Cannes em 2007. Amante de literatura, gravou a leitura de “Fleurs du mal” de Charles Baudelaire e “Gargantua” de François Rabelais.
Em 2007, recebeu o Leopardo de Melhor Intérprete Masculino no Festival de Locarno. Ao todo, foi nomeado quatro vezes para o César de Melhor Actor e duas vezes para o Molière de Melhor Comediante.
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