EFEMÉRIDE – Max, de seu verdadeiro nome Maximiano de Sousa, cantor e actor português, morreu em 29 de Maio de 1980. Nascera no Funchal em 20 de Janeiro de 1918.
Sonhava ser barbeiro ou violinista, acabando por ser afinal uma das mais populares vedetas da rádio, do teatro e da televisão, desde os anos 1940 até à sua morte.
Gostando de música, mas com pouca paciência para aprender o solfejo, acabou por se iniciar no ofício de alfaiate. Contudo, o interesse pela música levou-o a seguir paralelamente a carreira de cantor, começando em 1936 a actuar no bar de um hotel do Funchal. Era cantor à noite e alfaiate durante o dia.
Em 1942, foi um dos fundadores – como cantor e baterista – do Conjunto de Toni Amaral, que se tornou uma sensação nas noites madeirenses e que, em 1946, também conquistou Lisboa, onde assentou arraiais no night-club Nina, interpretando os ritmos do momento, boleros, slows e fados/canções.
Foi o fado “Não Digas Mal Dela” de Armandinho e Linhares Barbosa, que popularizou a voz de Max e o levou a sair do Conjunto de Toni Amaral, para iniciar uma carreira a solo.
Actuando sozinho, Max conheceu o estrelato através da rádio e das suas presenças no Passatempo APA do Rádio Clube Português, em parceria com Humberto Madeira. Em 1949, assinou contrato com a editora Valentim de Carvalho, gravando o seu primeiro disco, um 78 rotações com “Noites da Madeira” e “Bailinho da Madeira”. Seguiu-se uma longa lista de sucessos: “A Mula da Cooperativa”, “Porto Santo”, “31”, “Sinal da Cruz”, etc..
Depois da rádio, participou em 1952 – a convite de Eugénio Salvador – na revista “Saias Curtas”. Foi a primeira de uma longa série de revistas, que vieram confirmar os seus dotes de actor e de humorista.
Em 1957, rumou aos Estados Unidos para uma digressão de cinco anos, interrompida ao fim de dois por uma doença súbita no coração. Fez depois uma tournée por Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil e Argentina.
Regressado a Portugal, embora continuasse a ser um dos artistas mais queridos do público, teve dificuldade em arranjar trabalho, sobrevivendo à custa dos discos que continuava a gravar. Um dos seus maiores êxitos de sempre, “Pomba Branca”, surgiu aliás nesse período. Faleceu com 61 anos.
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