quarta-feira, 19 de junho de 2013

19 DE JUNHO - ÓSCAR BENTO RIBAS

EFEMÉRIDEÓscar Bento Ribas, escritor e etnólogo angolano, morreu em Alcoitão, Portugal, no dia 19 de Junho de 2004. Nascera em Luanda, em 17 de Agosto de 1909, filho de pai português e de mãe angolana. Fez os estudos primários em Luanda, esteve num seminário e concluiu o 5º ano no Liceu Salvador Correia. Após uma estada em Portugal, onde frequentou um curso comercial, empregou-se na Direcção dos Serviços de Fazenda e Contabilidade de Luanda. Viveu igualmente em Novo Redondo, Benguela, Ndalantando e Bié.
Considerado o fundador da ficção literária moderna angolana, iniciou a sua actividade de escritor quando ainda era estudante. A sua primeira novela, “Nuvens que passam”, foi publicada em 1927. Revelou-se profundamente interessado em temas da tradição oral, da filologia, da religião tradicional e da filosofia dos povos de língua kimbundo, sobretudo em tudo o que escreveu na década de 1960. 
Para além das suas obras de ficção, escreveu também: “Alimentação Regional Angolana” (1965), “Izomba – Associativismo e Recreio” (1965), “Cultuando as Musas” – poesia (1992) e “Dicionário de Regionalismos Angolanos”.
Ganhou o Prémio Margaret Wrong (1952), o Prémio de Etnografia do Instituto de Angola (1959), o Prémio Monsenhor Alves da Cunha (1964) e o Prémio Nacional de Cultura e Artes, nas categorias de Literatura e Investigação em Ciências Sociais e Humanas (2000).
Era membro titular da Sociedade Brasileira de Folclore (1954), Oficial da Ordem do Infante D. Henrique do governo português (1962), detentor da Medalha Gonçalves Dias da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro (1968) e do Diploma de Mérito da Secretaria de Estado da Cultura (1989).
Faleceu aos 94 anos, num lar da terceira idade em Alcoitão, sendo cremado como era seu desejo. As suas cinzas repousam em solo angolano. Fixara-se em Portugal na década de 1980, estando cego há longos anos. 

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