domingo, 23 de junho de 2013

23 DE JUNHO - JONAS SALK

EFEMÉRIDE – Jonas Edward Salk, médico, biólogo, virologista e epidemiologista norte-americano, conhecido por ter sido o inventor da primeira vacina anti-poliomielite, morreu em La Jolla no dia 23 de Junho de 1995. Nascera em Nova Iorque, em 28 de Outubro de 1914.
Os pais eram imigrantes judeus oriundos da Rússia. Fez os seus estudos na Universidade de Michigan. Foi depois apoiado financeiramente pelo exército americano, que o contratou para desenvolver uma vacina contra a gripe, a ser aplicada nos combatentes da Segunda Guerra Mundial.
Depois dos primeiros sucessos, Salk criou o seu próprio laboratório na Universidade de Pittsburgh, onde se tornou também professor. A Infantile Paralysis Foundation concedeu-lhe uma generosa bolsa, que lhe permitiu descobrir em 1954 uma vacina contra a poliomielite. Depois de testada em mais de um milhão de crianças, a vacina foi declarada eficaz em Abril de 1955. Decidiu não registar a respectiva patente, para que a vacina ficasse mais acessível aos milhões de pessoas que dela necessitavam. Segundo algumas estimativas, ele teria assim renunciado a um lucro de cerca de 7 mil milhões de dólares. Em 1960, fundou em La Jolla o Salk Institute for Biological Studies, que se tornaria um dos maiores centros de pesquisas médicas do mundo.
Até 1955, quando a vacina começou a ser administrada, a poliomielite era considerada como o problema de saúde pública mais assustador do pós-guerra norte-americano. As epidemias anuais eram cada vez mais devastadoras. A epidemia de 1952 foi o pior surto na história dos Estados Unidos. Dos quase 58 mil casos notificados naquele ano, 3 145 pessoas morreram e 21 269 ficaram com algum tipo de paralisia. A maioria das vítimas eram crianças. De acordo com um documentário da PBS feito em 2009, o segundo maior temor dos americanos, naquela época, era a poliomielite, perdendo apenas para o medo que o país tinha de ser atacado por uma bomba atómica. Foi por isso que os cientistas iniciaram uma corrida frenética para encontrar um meio de prevenir e curar a doença. Salk trabalhou dezasseis horas por dia, sete dias por semana, durante muito tempo, para chegar à descoberta da vacina.
Em 1969, Jonas Salk encontrou em La Jolla, por intermédio de amigos comuns, Françoise Gilot, uma pintora que tinha vivido vários anos com Pablo Picasso (de quem teve dois filhos: Claude e Paloma Picasso). Casaram-se em 1970 na cidade de Paris e viveram juntos até à morte do cientista.
Nos últimos anos de vida, Salk dedicou muita da sua energia para tentar desenvolver uma vacina contra a Sida. Ele não buscava fama nem fortuna com as suas descobertas e teria mesmo dito: «A quem pertence a minha vacina? Ao povo! Alguém pode patentear o Sol?». Não tinha qualquer ambição de se tornar milionário, dizendo que o seu salário e as dádivas recebidas eram mais que suficientes para viver serenamente.

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