EFEMÉRIDE
– José Rodrigues de Carvalho, pintor português da época romântica,
morreu em Lisboa no dia 19 de Outubro de 1887. Nascera, também na capital
portuguesa, em 16 de Julho de 1828. Viveu em Lisboa, na Rua dos Bacalhoeiros, e
casou em 1863 com Maria José Rodrigues, com quem teve três filhos.
Considerado
o seu quadro mais famoso, “O Cego Rabequista”, pintado em 1855, foi
exibido na Exposição Universal de Paris em 1855 e na Exposição
Internacional do Porto em 1865.
Ingressou
na Academia das Belas-Artes (Convento de S. Francisco) como aluno
voluntário, em 1841. Em virtude de ter na Academia um colega homónimo,
requereu oficialmente a redução do seu nome para “José Rodrigues”.
Aos
catorze anos, num concurso de desenho histórico, ganhou um prémio na
cópia de baixo-relevo, passando de aluno voluntário a aluno ordinário. No ano
lectivo de 1845/46, recebeu um outro prémio, tendo passado para o ensino
superior na disciplina de Pintura Histórica.
Em
Dezembro de 1846, ganhou novo prémio com um desenho de modelo vivo. Teve como
condiscípulos Francisco Augusto Metrass e Tomás da Anunciação, entre outros. No
certame trienal de 1849, recebeu das mãos da rainha D. Maria II, a medalha de
ouro.
Em
Agosto de 1849, a
Academia premiou o quadro de José Rodrigues “Aparição do Anjo S.
Gabriel ao profeta Daniel” também com uma medalha de ouro. Numa exposição
promovida pela Associação Industrial Portuense, obteve a medalha de
prata com distinção. Em 1865,
a Conferência Geral da Academia nomeou-o “Académico
de Mérito”.
Ao
longo da sua vida, em vez de poder pintar as obras que desejava, teve
necessidade de pintar retratos para sobreviver, facto que o tornou num homem
melancólico e doente. Deu também aulas no Mosteiro das Donas Irlandesas do
Bom-Sucesso e no Colégio de S. José das Dominicanas de S. Domingos de
Benfica, entre outros locais.
Celebrou
com a Câmara Municipal de Lisboa, em Novembro de 1882, um contrato para
a feitura de dois quadros destinados à Sala de Sessões. Nesse contrato,
José Rodrigues comprometia-se a fazer dois quadros em tamanho natural e de
corpo inteiro de Alexandre Herculano e de Manuel Fernandes Tomás, pela
importância de dois contos de reis. O contrato foi assinado pelo então
presidente da câmara José Gregório da Rosa Araújo e pelo artista. Os quadros
estão actualmente na Sala de Sessões da CML.
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