terça-feira, 6 de dezembro de 2016

6 DE DEZEMBRO - ALFRED EISENSTAEDT

EFEMÉRIDEAlfred Eisenstaedt, fotógrafo e fotojornalista norte-americano de origem alemã, nasceu em Dirschau no dia 6 de Dezembro de 1898. Morreu em Nova Iorque, em 24 de Agosto de 1995.
Nascido na antiga Prússia, a família mudou-se para Berlim quando ele tinha oito anos. Ficou na Alemanha até ao momento em que Hitler chegou ao poder.
Aos catorze anos, um tio ofereceu-lhe uma máquina fotográfica, uma Eastman Kodak (câmara de fole). Três anos mais tarde, foi recrutado para o exército alemão.
Em 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, a explosão de uma granada afectou-lhe ambas as pernas. Foi o único sobrevivente do ataque e foi mandado ferido para casa. Levou cerca de um ano até poder caminhar de novo sem ajuda. Foi durante a recuperação que se interessou novamente pela fotografia. Em 1922, tornou-se vendedor de cintos e botões e, com o dinheiro que conseguiu poupar, adquiriu equipamento fotográfico. Começou por revelar os seus trabalhos na casa de banho.
Durante umas férias na Checoslováquia, fotografou uma mulher a jogar ténis, focando a longa sombra da mulher a lançar a bola no court. Eisenstaedt conseguiu vendê-la ao “Der Welt Spiegel” por três marcos (cerca de doze dólares na época), o que lhe deu a ideia de poder viver da fotografia. Assim, aos 31 anos, abandonou a profissão de vendedor e passou a fotografar a tempo inteiro.
Como freelancer, trabalhou para a Pacific and Atlantic Photos, que se transformaria na famosa Associated Press em 1931. Por essa altura, começou a utilizar uma leica, uma câmara inovadora de 35 mm que tinha sido inventada quatro anos antes. Em 1933, foi enviado para Itália afim de fotografar o primeiro encontro entre Hitler e Mussolini. O seu estilo agressivo fez com que conseguisse chegar até aos dois ditadores e consequentemente fotografá-los. Dois anos depois da subida de Hitler ao poder, emigrou para os Estados Unidos da América.
Em Nova Iorque, foi abordado por vários fotógrafos para fazer parte de um novo projecto que nasceria em 1936, após seis meses de testes – a revista “Life”, onde trabalhou até 1972 e para a qual fez inúmeras capas.
Em 1942, naturalizou-se norte-americano e viajou por vários países para documentar os efeitos da guerra. No Japão, registou o efeito da bomba atómica; na Coreia, a presença das tropas americanas; na Itália, o estado miserável dos pobres; e na Inglaterra, fotografou Winston Churchill.
Durante a sua carreira, fotografou muitas personalidades famosas, como Marlene Dietrich, Marilyn Monroe, Ernest Hemingway, John F. Kennedy e Sophia Loren. Esta última, que também era a sua modelo favorita, apareceu numa capa da “Life” usando apenas um négligée.
Aos 81 anos, regressou à Alemanha para participar numa exposição de 93 fotografias sobre a vida na Alemanha dos anos 1930. Eisenstaedt recebeu muitos prémios durante a sua longa vida. A cidade de Nova Iorque nomeou um Dia em sua honra, o presidente George Bush entregou-lhe a Medalha Nacional das Artes e o Internacional Center of Photography atribuiu-lhe o prémio Masters of Photography. Nos seus últimos tempos de vida, continuou a trabalhar, supervisionando a impressão das suas fotografias para futuras exposições e livros.
Uma das suas mais célebres fotografias representa um soldado a beijar uma enfermeira na Times Square, no dia da capitulação do Japão., no fim da Segunda Guerra Mundial.
Em sua homenagem, foi criado o Prémio Alfred-Eisenstaedt, atribuído pela revista “Life” e pela Universidade de Columbia.

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