quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

7 DE DEZEMBRO - MANUEL PEREIRA DA SILVA

EFEMÉRIDEManuel Pereira da Silva, escultor português, nasceu em Avintes no dia 7 de Dezembro de 1920. Morreu em 2003. A obra de Manuel Pereira da Silva tem uma orientação formal abstracta inspirada na figura humana. Em 2000, foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
Em 1939, ingressou na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Em 1943, diplomou-se com 18 valores. Durante o curso foi distinguido com os Prémios António Teixeira Lopes e António Soares dos Reis.
Em 1947 e 1948, estudou em Paris, na École des Beaux-Arts. Foi professor do ensino secundário entre 1949 e 1991.
Na sua obra, reconhecem-se duas orientações distintas nos respectivos propósitos estéticos – As peças concebidas em conformidade com a tradição académica do século XIX europeu, em geral respondendo a encomendas, e aquelas que, conservando de uma forma essencial a figura humana como referência, se afastam da sua representação naturalista, antes obedecendo a critérios formais de sentido abstracto e exercitando uma das vias pelas quais o modernismo acedeu à abstracção pura, entendida como a criação de formas nas quais não se evidencia, ou não existe de facto, referente figurativo.
As primeiras esculturas modernistas de Manuel Pereira da Silva surgiram nos anos pioneiros do abstraccionismo escultórico em Portugal, reconhecidamente protagonizado, a partir do final dos anos 1940, no Porto, por Arlindo Rocha, Fernando Fernandes (escultor) e ainda, alguns anos depois, por Aureliano Lima.
Manuel Pereira da Silva escreveu certa vez: «Chateia-me estar sempre a fazer o mesmo, por isso, fui sempre procurando novas linguagens, novas para mim, pelo menos. Passei a vida a desenhar, mais do que a fazer escultura, desenhei, desenhei, desenhei. Quando era professor, a minha vida era de casa para as aulas e das aulas para o atelier, onde normalmente trabalhava quatro a cinco horas por dia, pelo menos.».
Foi um dos membros do grupo portuense Independentes (anos 1940). Alguns dos seus colegas foram figuras que enriqueceram de forma substancial a arte portuguesa, como Júlio Resende e Nadir Afonso, entre outros. Júlio Resende diria: «Entre camaradas gerava-se um movimento de inconformismo face à passividade do burgo. Foi no sentido de contrariar esta situação que entre nós cresceu a ideia de formação do ‘Grupo dos Independentes’, independentes quanto aos posicionamentos estilísticos.».

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