Estudou nas Escolas Profissionais
da Sagrada Família durante a infância e, depois, fez o bacharelato no
colégio salesiano Santo Domingo Savio e no instituto San Juan da Cruz
de Úbeda. Estudou História da Arte na Universidade de Granada
e Jornalismo na Universidade de Madrid. Nos anos 1980, fixou-se
em Granada, onde trabalhou como funcionário público e colaborou como colunista
no diário “Ideal” O seu primeiro livro foi uma compilação desses
artigos, tendo sido publicado em 1984, com o título “O Robinson urbano”.
A sua primeira novela, “Beatus”,
apareceu em 1986, após uma gestação de vários anos. Nela, figura a cidade
imaginária de Mágina, cópia da sua cidade natal Úbeda, que reaparecerá noutras
obras suas. Conta a história de Minaya, um jovem que regressa a Mágina para
realizar uma tese doutoral sobre o poeta Jacinto Solana, falecido na Guerra
Civil, mas cuja vida apaixonante conduzirá a uma série de aventuras que
darão como resultado um final magistral.
Muñoz Molina recorda o papel que
desempenhou a compilação dos seus artigos, na publicação da sua primeira novela
e, em geral, na definição da sua carreira literária.
Em 1987, ganhou o Prémio da
Crítica e o Prémio Nacional de Narrativa, com “O Inverno em
Lisboa” e, em 1991, o Prémio Planeta, com “El jinete polaco”,
novela com que voltou a obter o Prémio Nacional de Narrativa no ano
seguinte. Em 2007, recebeu o doutoramento honoris causa pela Universidade
de Jaén, como reconhecimento a toda a sua obra.
Outras obras a destacar são: “Beltenebros”
(1989), uma novela de amor, intriga e de mundos subterrâneos na Madrid do pós-guerra
com envolvimentos políticos; “Os mistérios de Madrid” (1992) - publicada
inicialmente como folhetim em capítulos, no diário “El País”; “O dono
do segredo” (1994); e “Plenilunio” (1997). Em 2009, publicou “A
noite dos tempos”, um monumental trabalho que recria o declínio da Segunda
República Espanhola e o início de Guerra Civil, através das
peripécias de um arquitecto chamado Ignacio Abel.
É casado com a também escritora
Elvira Lindo e vive entre Madrid e Nova Iorque, onde dirigiu o Instituto
Cervantes.
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